[ Dia 07-06-2004 ] – Construção do Mercado de Palmela arranca em meados de Junho.

0
Rate this post

Construção do Mercado de Palmela
arranca em meados de Junho

Três anos depois do encerramento do Mercado Municipal de Palmela, a construção do novo mercado “vai finalmente arrancar”. As obras têm início em meados de Junho e acabam em Dezembro deste ano. Para antecipar a adaptação dos vendedores, o Departamento das Actividades Económicas, da Câmara de Palmela, “está a desenvolver uma acção de formação”. O vereador Adilo Costa acredita também que o novo equipamento “vai ajudar a requalificar o centro histórico”.

A Rua Hermenegildo Capelo, no centro histórico de Palmela, vai receber o novo equipamento. Este é muito semelhante aos mercados “típicos” espanhóis “com lojas individuais onde se vende carne, legumes, charcutaria e bacalhau”. Tal como o mercado de Javia, em Espanha, o de Palmela conta “com uma estrutura central onde ficam as bancas de peixe”.

O vereador explica ao “Setúbal na Rede” que cada espaço de venda é “autónomo”, pois “dispõe de um pequeno armazém, bem como água e energia próprias”. Os espaços estão projectados para aumentarem ou diminuírem “dependendo das futuras necessidades do vendedor”. O investimento ronda os 325 mil euros e alberga 15 vendedores.

Contudo, este mercado tem um aspecto que o torna “diferente dos outros”. No primeiro piso vai existir uma área ampla “com vista sobre o centro histórico”. O objectivo é que esta funcione como “o ponto de encontro da população do centro da vila”. Adilo Costa está “convencido” de que muitos idosos “vão ter, assim, outro espaço para conviverem”.

Os vendedores vão poder usufruir de acções de formação. O objectivo “é ajudar os vendedores, na maioria idosos, a adaptarem-se às condições do futuro mercado”. Isto porque, se trata de pessoas “com baixo nível de escolaridade que precisam de um acompanhamento mais próximo”. O mercado, por si só, “não vai conseguir relançar a economia e o comércio” da vila de Palmela. Mas, pode ser uma ajuda “preciosa” para “a requalificação do espaço histórico”.

O processo de construção deste mercado contou com “muitos entraves”. Por exemplo, o Instituto Português do Património Arquitectónico (IPPAR) impôs uma série de condições “para que a traça da zona histórica pudesse ser respeitada”. Além disso, durante as prospecções para elaborar o projecto, “foram encontradas peças arqueológicas de valor”. Houve ainda questões relacionadas com a segurança, a higiene e o acondicionamento dos alimentos que foram “difíceis” de resolver devido “às especificidades da zona”.seta-4010800