Junta do Feijó considera urgente
uma nova escola secundária
A Escola Secundária Romeu Correia, no Feijó, “não tem condições” e “é urgentíssimo” a construção uma nova escola, defende o presidente da Junta de Freguesia do Feijó, José Pereira ao “Setúbal na Rede”. Segundo o autarca, as últimas informações da Direcção Regional de Educação de Lisboa (DREL) apontam “o início das obras para o mês de Setembro”, mas o presidente “não acredita que seja possível”.
A Escola Secundária Romeu Correia é constituída por “pré-fabricados, há 22 anos”. A construção da nova escola está em PIDDAC “há muito tempo”, mas “até agora nada foi feito”, refere José Pereira. No Programa de Investimento e Despesas de Desenvolvimento da Administração Central (PIDDAC) estão incluídos cerca de “quatro milhões de euros, até 2006”, para o projecto. A primeira tranche, prevista para 2004, “é de 100 mil euros”. Por isso, o autarca não acredita que “com esta quantia, para este ano, se consiga avançar com o projecto”.
A Câmara Municipal de Almada “já disponibilizou os terrenos”, por isso “não há razões para não avançar” com as obras. Segundo o presidente da Junta de Freguesia do Feijó, a nova escola “vai ser construída no perímetro da actual”. No entanto, a DREL já garantiu ao autarca que a construção do novo estabelecimento de ensino “não prejudicará o funcionamento das aulas”.
José Pereira explica que, “para além das más condições existentes”, “os animais entram no recinto da escola, por qualquer lado”. Outros problemas acontecem no Inverno, altura em que “existem aulas que não podem ser dadas”, porque “chove dentro das instalações”. Há alguns anos, os bombeiros “fizeram uma vistoria” à escola e concluíram que “não havia condições” para os alunos, como também, “caso se verifique algum acidente, eles não próprios tinham condições para actuarem”.
A escola “tem mesmo ao lado uma vacaria” que pertence ao Estado. A delegada de saúde do concelho de Almada “esteve no local e constatou que não há condições” para uma estrutura deste género ficar ao lado de uma escola. No entanto, o Ministério da Educação “disse que não havia problema nenhum” e, ao que tudo indica, “vai permanecer ali”, refere o presidente da Junta de Freguesia do Feijó.
A escola, neste momento, tem cerca de 400 alunos. Patrícia Correia, uma das estudantes, conta ao “Setúbal na Rede” que “as condições são péssimas”. As maiores dificuldades com que se deparam os alunos “são no Inverno”, pois “as salas são frias e não têm aquecimento”. Outro problema “é o facto de chover dentro das salas”. Durante o Verão, as instalações “aquecem muito e tornam-se insuportáveis” para os alunos estarem dentro delas.
Os animais entram na escola “sem ninguém os impedir, até mesmo pelo portão, onde entram os alunos”, explica Patrícia Correia. Em relação à vacaria que existe ao lado da escola, a aluna diz que “não a afecta”, pois “não se sente mau cheiro”, já que o responsável pela vacaria “tem sempre aquilo limpo”. A aluna refere que “há alguns anos se sentia o mau cheiro”, mas, actualmente, “não se sente nada”.
O “Setúbal na Rede” tentou contactar o presidente do conselho directivo, mas não foi possível.