Encerramento de estrada deixa
desertas praias da Arrábida
Milhares de banhistas não poderão frequentar, nos próximos dias, as praias da Figueirinha e Galapos, devido ao encerramento do troço da EN 379-1, entre o Hospital do Outão e o Creiro. De acordo com o presidente da Câmara Municipal de Setúbal, Carlos de Sousa, o último incêndio na Serra da Arrábida, “agravou as condições de perigosidade das falésias junto à estrada”. Deste modo, há o “risco iminente de desprendimento de rochas” que podem “colocar em perigo a segurança das pessoas”.
Assim, aquele troço está encerrado, desde hoje, por decisão do Instituto das Estradas de Portugal (IEP). De referir, que o “Setúbal na Rede” contactou o IEP, mas aguarda ainda por uma resposta ao pedido de esclarecimentos. O autarca de Setúbal esclarece que o encerramento era “inevitável”, dada a “perigosidade” desta situação, para a qual “estão a ser estudadas soluções”.
Carlos de Sousa refere que a Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto está a realizar um estudo, encomendado pelo Parque Natural da Arrábida (PNA), sobre as condições específicas da serra que levam ao desprendimento de rochas. O objectivo é “tentar encontrar medidas que ponham fim a esta situação”. O estudo deve receber o parecer do PNA, nos próximos dias, e é “ainda mais importante, numa altura em que as condições de perigo se agravaram”.
O encerramento do troço entre o Outão e o Creiro não deixa qualquer alternativa aos banhistas que se queiram dirigir às praias da Figueirinha e de Galapos. “As maiores consequências devem ser sentidas pelos restaurantes situados naquelas praias”, refere Carlos de Sousa, pois “não deverão ter clientela nos próximos dias”. Além disso, “não há qualquer previsão para a abertura deste troço”, pois vai manter-se fechado, “por tempo indeterminado, até que a situação esteja normalizada”.
O “Setúbal na Rede” contactou o responsável pela Protecção Civil Municipal de Setúbal, José Luís Bucho, que, por se encontrar de férias, “não podia dar mais esclarecimentos sobre o assunto”. O nosso jornal tentou ainda contactar o PNA, mas até ao momento, não foi possível obter qualquer resposta.