Obras nas falésias da Arrábida
começam na Primavera
As obras de consolidação das falésias da Serra da Arrábida “só deverão começar na próxima Primavera”, avançou ao “Setúbal na Rede” a directora do Parque Natural da Arrábida (PNA), Madalena Sampaio. Até lá, o troço da EN 379-1, entre o Outão e o acesso à Praia do Creiro, vai permanecer fechado. Isto significa que “não será ainda esta época balnear que os banhistas vão regressar às praias de Figueirinha e Galapos”.
A directora do PNA garante que vai “desenvolver todos os esforços, em conjunto com as restantes entidades envolvidas”, para que as obras avancem “o mais rapidamente possível”. A instabilidade das falésias da Arrábida, que pode “provocar queda de blocos de pedras, a qualquer momento”, é uma situação de risco, por isso o PNA promete “acelerar todos os procedimentos do processo”.
O risco de deslizamento de pedras já é conhecido “há algum tempo” e foi a razão que levou o PNA a adjudicar a elaboração de um estudo à Faculdade de Engenharia do Porto. Os técnicos fizeram um levantamento dos problemas e, “para cada caso específico do problema, apontam as devidas soluções”. A Serra da Arrábida tem uma “demografia muito complexa” e “cada área pode necessitar de mais do que uma medida”.
“O passo seguinte é adjudicar o projecto de execução das obras, com base nas soluções definidas pelo estudo”, refere Madalena Sampaio. Este processo “é relativamente rápido” e, logo depois, será lançado o concurso público para adjudicação das obras. Daí que a directora do PNA acredite que as obras “possam começar na próxima Primavera”. Tendo em conta que têm uma duração prevista de três meses, “a situação na Arrábida já estará normalizada na época balnear de 2005”.
Restaurante da Figueirinha vai funcionar
no Parque do Alambre
Entretanto, o encerramento do troço da EN 379-1 tem “implicações directas” nos concessionários das praias, “sobretudo da Figueirinha”. Madalena Sampaio revelou ao “Setúbal na Rede” que, a partir do próximo sábado, 14 de Agosto, o restaurante desta praia “vai passar a funcionar no Parque do Alambre”. Apesar de o Instituto da Conservação da Natureza (ICN) garantir que “as pessoas vão ter direito a indemnização pelos prejuízos”, estavam em causa os empregos de 30 funcionários do restaurante. Com a deslocalização da actividade para outro local, “os postos de trabalho ficam salvaguardados”.
O Parque do Alambre é uma propriedade do PNA, onde existe um edifício encerrado há algum tempo, e que se revelou ser “a única solução para reduzir, ao máximo, os prejuízos do concessionário da Figueirinha”. De resto, Rui Figueiredo já tinha avançado ao “Setúbal na Rede” que o exercício da actividade noutro espaço seria a alternativa possível.
Madalena Sampaio refere que o concessionário da Praia da Figueirinha ficou “satisfeito” com a proposta do PNA e, “de imediato, procedeu-se a algumas obras de adaptação a restaurante” do edifício do Parque do Alambre. Tudo foi feito “no mais curto período de tempo possível”, e o concessionário está “optimista” para fazer a inauguração no próximo sábado. A responsável do PNA também acredita que esta solução vai ser “um sucesso”.
Os concessionários sazonais das praias, ou seja, os que ali trabalham somente durante a época balnear, “foram relocalizados para as praias do Creiro, Albarquel e Sesimbra”. No entanto, “alguns concessionários consideraram que não valia a pena mudar”, devido à natureza dos seus quiosques e vão regressar à Figueirinha no próximo Verão. 