Atletas do distrito nos Jogos Olímpicos
Dupla de vela do Barreiro já pensa em Pequim
A dupla do Clube de Vela do Barreiro, Álvaro Marinho e Miguel Nunes, já está a pensar nos Jogos Olímpicos de Pequim, em 2008. Álvaro Marinho conta ao “Setúbal na Rede” que o objectivo de Pequim “é trazer a medalha de bronze para Portugal”. Quanto a Atenas, o atleta pensa que o sétimo lugar “não foi um mau resultado”, embora a dupla pretendesse “melhorar a marca de Sidney”, ou seja o quinto lugar.
“Ainda não foi desta que o bronze veio”, brinca Álvaro Marinho. Contudo, a dupla do Barreiro está “satisfeita” porque, apesar de as primeiras regatas terem corrido “muito mal”, conseguiu terminar na sétima posição final da Classe 470 no torneio olímpico de vela. Na primeira regata, a dupla classificou-se em 21.º, o que “atrapalhou as contas finais para lutar pelas medalhas”.
Álvaro Marinho sublinha que mesmo com um “mau começo”, a dupla “teve força para virar o resultado”. Aliás, os portugueses, a par dos argentinos “foram os únicos a vencer duas regatas”. Se não fossem algumas boas regatas “era impossível melhorar o resultado”, explica o atleta. Os erros estratégicos “impossibilitaram a luta pelas medalhas”.
Os patrocínios da Câmara Municipal do Barreiro e da empresa Tanquipor “não estão em causa”. Álvaro Marinho garante que, pelo menos a Tanquipor, “já demonstrou disponibilidade para continuar”. A dupla “tem conseguido sempre bons resultados” nos campeonatos mundiais e da Europa. Por exemplo, foi sexta classificada no mundial da Croácia e quarta no de Cádis. Além disso, a dupla era terceira do ‘ranking’ da classe, mas agora está no quarto lugar.
Embora estes velejadores tenham apoios, “há muitos atletas que não têm”. Álvaro Marinho argumenta que o Estado português “deve apoiar mais o desporto” porque “existem atletas com capacidade para ir mais longe”, mas que “não têm condições”. O Projecto Atenas, que apoia os atletas olímpicos, acaba em agora em Agosto, e depois “os atletas ficam sem saber que condições vão ter para trabalhar”.
Os jogos em Atenas “não foram tão bons como os de Sidney”. Os gregos “estavam demasiado preocupados com a segurança e descuraram os pormenores”. Álvaro Marinho enumera os problemas com o júri das regatas de algumas classes que ”foi muito injusto”. “Não se viveu o verdadeiro espírito olímpico em Atenas”, remata o velejador.