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Amora “verde” deixa-se levar
Num jogo típico de início de época, o Amora não conseguiu mostrar entrosamento entre os jogadores e acabou por desperdiçar a primeira vitória neste campeonato, em casa, frente ao Casa Pia. “Acusámos a pressão de sermos uma equipa jovem e imatura”, é assim que Rui Dias comenta a derrota da sua equipa, por 1-3, perante o Casa Pia. A expulsão de Hugo Pereira foi determinante para o resultado. O Pinhalnovense ganhou, o Barreirense empatou e o Vasco da Gama de Sines perdeu, ocupando o último lugar da tabela.
Amora 1 – Casa Pia 3
Local: Estádio da Medideira, Amora
Árbrito: José Godinho (Évora)
Amora: Humberto, Rogério (Ivo aos 85`), Edgar, Augusto, Pedrinha, Matias (Capitão), Bruno Cruz (Serginho aos 78`), Hélder Quental, Carlitos, Marco (Domingos aos 67`), Hugo Pereira.
Treinador: Rui Dias
Disciplina: Cartão amarelo para Augusto (28`), Hugo Pereira (36`, 61`) Bruno Cruz (67`), Pedrinha (79`); Cartão vermelho para Hugo Pereira (61`).
Casa Pia: Borges, Zé Mário, Migue Ângelo, Sampaio, Semedo (Hugo Rosa 65`), Diogo, Gonçalves (Steve 73`), Luís Costa, Mateus (D`Jão 89`), Varela, Duarte
Treinador: Guilherme Farinha
Disciplina: Cartão amarelo para Semedo (16`), Diogo (75`), Hugo Rosa (85`), Sampaio (90`)
Golos:
1-0 – Hélder Quental (65`) 1-1 – Mateus (76`) 1-2 – Zé Mário (83`)
1-3 – Hugo Rosa (85`)
Num relvado bastante apresentável, o Amora recebeu em casa, a contar para a segunda jornada do Campeonato Nacional da II Divisão B, zona Sul, a equipa do Casa Pia. No Estádio da Medideira o sol não brilhou mas o tempo enevoado e húmido “refrescou” a actuação das duas equipas.
“Assistimos a uma primeira parte atípica, com as duas equipas muito concentradas no meio campo”, analisa Rui Dias. Ambas as formações procuraram reconhecer o tipo de jogo do adversário, preocupando-se mais em aproveitar possíveis erros do que sair para um ataque organizado. “Não conseguimos controlar o jogo, mas o Casa Pia também não foi capaz de o fazer”, acrescentou o técnico amorense.
Uma disputa equilibrada com poucas oportunidades de golos para os dois lados é o resumo do primeiro período em que a finalização deixou muito a desejar. Tanto mais que, o primeiro canto da partida coube ao Casa Pia, apenas aos 20 minutos de jogo.
Por parte do Amora, Rogério também dispôs de uma boa oportunidade, aos 10 minutos, que não soube aproveitar, ao enviar a bola por cima da baliza. Em cima do intervalo, o capitão de equipa do Amora, Matias teve uma atitude pouco bonita, aproveitando uma disputa de bola para pontapear as costas de um adversário. Uma falta marcada pelo árbitro da partida, onde ficou por mostrar uma cartolina amarela, por prática de jogo perigoso.
Num encontro tacticamente fraco, a chegada do intervalo marcou um empate justo a zeros. O regresso às quatro linhas ficou marcado pela melhor jogada do encontro, protagonizada por Carlitos aos 50 minutos. O número sete da equipa da casa deu seguimento a um cruzamento vindo da esquerda para a direita do ataque amorense e colocou a bola nos pés de Hugo Pereira, obrigando o guarda-redes do Casa Pia a uma excelente defesa. Para Rui Dias, o Amora reentrou em campo “para ganhar, mas a expulsão de Hugo Pereira dificultou o trabalho”.
O jogo recomeçou emotivo, com um futebol mais aberto, de parte a parte mas, uma clara simulação de grande penalidade, aos 61 minutos, por parte de Hugo Pereira, levou o árbitro da partida a mostrar-lhe o segundo cartão amarelo e consequente vermelho. Ironicamente, ainda o técnico amorense pensava numa solução para jogar com onze jogadores, já a sua equipa inaugurava o marcador.
Numa jogada de insistência pela esquerda, Hélder Quental rematou para a defesa de Borges mas, na recarga conseguiu marcar o primeiro golo do jogo, passava no relógio o minuto 65. Apesar de estar à frente no marcador, a desvantagem numérica da equipa da casa facilitou o empate ao Casa Pia. “Com menos um jogador, a equipa começou a recuar, contou o técnico do Amora.
Na sequência de um canto, Mateus voltou a colocar justiça no marcador. As bolas paradas revelaram-se uma das lacunas do Amora que, novamente de canto, aos 83 minutos, sofreu o segundo golo, desta feita marcado por Zé Mário.
O descontrolo e a falha de marcações por parte da formação amorense levaram ao terceiro golo do Casa Pia, aos 85 minutos, por Hugo Rosa. Uma vitória que acabou por ser justa e em muito, influenciada por uma infantilidade de Hugo Pereira que lhe custou a expulsão. Para a equipa técnica da equipa da casa, “é preciso melhorar muitas coisas e crescer”. “Esta é uma equipa muito jovem”, justificam.
Pinhalnovense 2 – Odivelas 1
A época 2004/05 está a correr de feição à equipa comandada por Paco Fortes. Depois da vitória, por uma bola a zero sobre o Ribeira Brava, o Pinhalnovense venceu em casa o Odivelas, por 2-1. No final do encontro, Paco Fortes confessou estar “muito satisfeito” com o desempenho da equipa. As palavras do técnico sublinham o resultado positivo que o Pinhalnovense alcançou no seu primeiro jogo em casa. “O primeiro jogo na nossa casa é sempre complicado, porque a equipa mostra sempre uma grande ansiedade em mostrar o seu trabalho”, afirmou o técnico espanhol. Apesar das dificuldades que encontrou após o golo do Odivelas, a equipa de Pinhal Novo deu a volta por cima e acabou por vencer a partida. Com 6 pontos, o Pinhalnovense ocupa a segunda posição, atrás do Louletano.
Lusitânia 2 – Barreirense 2
Um empate que “soube a pouco” para o técnico do Barreirense. Daúto Faquirá acredita que, “por tudo o que a equipa fez durante os noventa minutos”, poderia ter regressado a casa com os três pontos. Para Daúto Faquirá, o empate frente ao Lusitânia é “positivo”, tendo em conta a lesão de um jogador da formação do Barreiro e a consequente redução a dez unidades. Aliás, o técnico tem consciência que “vencer nas ilhas é uma tarefa sempre complicada”. Daúto Faquirá refere que a equipa ainda está a viver a “fase do conhecimento mútuo” e “só em competição” pode tornar-se um “colectivo de grande qualidade”. Depois deste empate, o Barreirense ficou com quatro pontos e ocupa uma confortável quarta posição.
Estrela de Vendas Novas 3 – Vasco da Gama de Sines 0
Não tem sido fácil o início de campeonato para a equipa de Francisco Fernandes. A falta de condições para contratar jogadores tem condicionado o trabalho da equipa. O técnico confessa que “faltam dois homens na frente de ataque”, por isso, a formação de Sines tem “falhado tantos golos, tal como aconteceu este domingo”. Um golo sofrido logo no início da partida e outro em cima do intervalo “enervaram” a equipa que “peca pela ingenuidade e falta de experiência”. O treinador do Vasco da Gama acrescenta a falta de experiência dos seus jogadores não conseguiu impor-se à maturidade da equipa de Vendas Novas. Ainda assim, acredita que o trabalho demonstrado pela equipa nestes dois jogos “é muito positivo para o futuro”.