[ Dia 07-09-2004 ] – Escolas do litoral alentejano abrem a meio gás

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Regresso às aulas

Escolas do Litoral Alentejano abrem a meio gás

Os alunos do Litoral Alentejano podem não regressar à escola no dia 16 de Setembro, conforme o previsto pelo Ministério da Educação (ME). A realidade dos estabelecimentos de ensino varia consoante o grau escolar. Enquanto os jardins-de-infância e 1.º ciclos têm menos de 50% dos professores colocados, as secundárias têm mesmo de arrancar por causa dos exames nacionais.

A presidente do Agrupamento Horizontal de Grândola, Mariana Falcão, não sabe “se os jardins-de-infância têm condições para cumprir o calendário”. Neste momento, “só há dois educadores de infância a postos para iniciar o ano”, o que “deixa por preencher 11 lugares”. Paralelamente, o Agrupamento Vertical do Torrão tem tudo a postos para arrancar com os jardins-de-infância já no próximo dia 14. Entretanto, no 1.º ciclo as zonas rurais “estão mais desfalcadas”, enquanto que no litoral “existem escolas em condições para abrir”.

Mariana Falcão garante, pela sua experiência, que os professores em falta são da zona e que “rapidamente se inteiram das condições de Grândola”. Contudo, se, este ano, vierem muitos professores de longe, “as aulas vão atrasar porque é preciso planificar o ano lectivo”. Também os alunos dos 2.º e 3.º ciclos enfrentam algumas dificuldades na abertura do ano. Em Sines, só começam as aulas a 23 de Setembro porque ainda faltam colocar cerca de 40% dos professores. O presidente da Escola Secundária Poeta Al Berto, Emérico Gonçalves, assegura que “vão existir actividades não lectivas para ocupar os jovens a partir de 16 de Setembro”.

Quem passou para o 12.º, ou está em formação profissional inicia mesmo no dia 16. Emérico Gonçalves esclarece que os exames nacionais obrigam a que assim seja e “para não prejudicar os alunos que se vão candidatar à universidade”. A formação profissional respeita uma carga horária quem “tem de ser cumprida”. A Secundária de Santiago do Cacém segue as mesmas indicações e assegura as aulas porque “tem um quadro de professores que são deste grau de ensino”.

O presidente da escola, Luís Filipe, explica que, nos últimos cinco anos, “as escolas tinham os professores colocados em finais de Agosto”. Apenas ficavam por definir os horários incompletos. Os professores vão faltar ao primeiro conselho de turma o que “não é grave”. Contudo, “é preciso inteirarem-se dos critérios de avaliação e de outras questões de funcionamento”, que variam de escola para escola.seta-4257927