Cidades e vilas taurinas vão mudar estratégia
O presidente da Câmara da Moita e da Confederação Mundial das Cidades Taurinas (CMCT), João Lobo, anunciou uma mudança “na estratégia de afirmação da tradição tauromáquica”. A CMCT “vai mudar de nome e alguns estatutos vão ser redefinidos para assegurar a tradição”. Num encontro com jornalistas, ontem, João Lobo, sublinhou “a importância da festa brava para as populações e para a economia local”.
Na próxima sexta começa o 7.º Congresso Mundial das Cidades Taurinas, em Olivença, e será decidido o futuro da instituição. O dia D está reservado para 12 de Setembro porque a Assembleia-geral “vai decidir sobre a mudança dos estatutos”. João Lobo explica que a Confederação Mundial de Cidades Taurinas “vai passar a chamar-se União Internacional de Cidades e Vilas Taurinas”.
A mudança de designação “simboliza uma maior força e globalização da tradição tauromáquica”. Acrescentar a palavra “vilas” “serve para traduzir fielmente a realidade” pois, por exemplo, a Moita “é uma vila e é taurina”. O facto de passar a ser uma “união” “dá mais força ao objectivo final, defender e preservar a tradição”.
O presidente defende também que a sede executiva “deve circular em função do presidente da futura união”. Nesse caso, a sede passaria a ficar na vila da Moita. João Lobo acredita que “é fundamental acelerar o processo de admissão de sócios”. Actualmente, é preciso esperar por uma Assembleia-geral, que ocorre uma vez por ano, para admitir os municípios que pretendam integrar a ainda CMCT. O objectivo é que estes possam ser admitidos, ou não, “directamente pela direcção”.
Durante o encontro, João Lobo aproveitou para anunciar que o actual secretário-geral, Maurício do Vale, vai cessar funções. António Pica Tereno, presidente da Câmara de Barrancos, vai substitui-lo. Maurício do Vale justifica a sua saída com “razões profissionais”. Maurício do Vale trabalha com o Sporting Clube de Portugal e este ano acumulou novas funções que o “impossibilitam de continuar a acompanhar a CMCT”. Contudo, afiança que a função “fica bem entregue” e que “é preciso continuar a lutar contra os constantes atentados à tradição tauromáquica”.
António Pica Tereno explica que a futura união “tem de trabalhar muito para afirmar a cultura”. A globalização, no seu pior, tenta fazer tudo da mesma maneira, “é preciso preservar o que é próprio das vilas”. O agora secretário-geral argumenta que, daqui para frente, é “vital” estabelecer contactos institucionais “para conseguir apoios para recuperar as praças degradadas”.