Regresso às aulas
Escolas da Moita a postos para abrir no dia 16
As escolas do concelho da Moita estão, de um modo geral, preparadas para iniciar o ano lectivo na data definida pelo Ministério da Educação. A falta de professores parece não constituir problema, por exemplo, na Escola Secundária da Moita e na maioria das escolas do Agrupamento Vertical Escolas D. Pedro II, Moita. Na Secundária da Moita e na Escola Básica de 2.º e 3.º ciclos D. Pedro II “existem mesmo professores a mais”, afiançam os responsáveis.
O presidente do conselho executivo da Escola Secundária da Moita, Francisco Carromeu, garante que “está tudo a postos para que as aulas comecem na data definida pelo ministério”. No entanto, o responsável diz não ter recebido ainda qualquer despacho do ministério com a definição da data de abertura do ano lectivo. Ainda assim, garante que este estabelecimento de ensino “vai seguir à risca todas as ordens da tutela” para que tudo corra dentro da normalidade.
O problema da falta de professores “não afecta a Escola Secundária da Moita”, já que “é uma escola antiga, que sempre garante o funcionamento com os docentes que pertencem aos quadros”. Francisco Carromeu afirma que “o mesmo deve suceder em outras escolas secundárias do país”, mas reconhece que o problema “atinge maior gravidade nas escolas básicas”. “Estas sim debatem-se com uma grande falta de professores e dependem dos concursos de colocação”, sublinha.
Na Secundária Moita existem mesmo professores a mais que se encontram abrangido pelo chamado “horário zero”. Ou seja, são docentes que recebem salário mas não têm trabalho. Estes esperam agora o resultado das colocações. O responsável refere ainda que neste estabelecimento escolar “faltam apenas dois professores de Filosofia”, mas a escola ainda não tem conhecimento se foram ou não colocados. Isto porque, segundo Francisco Carromeu, o ministério “não disponibilizou as listas de colocação às escolas, nem em suporte de papel, nem através da Internet”.
De qualquer modo, as aulas vão começar “a tempo e horas”, até porque se trata de uma escola secundária “com calendário a cumprir devido aos exames nacionais do 12.º ano”. Os horários escolares para os alunos “deverão sair já nos últimos dias”, antes das aulas começarem, “um pouco também por culpa do ministério”. Para além de se tratar de uma questão “mais complicada do que nas escolas básicas”, devido à variedade de cursos, a tutela “faz chegar muito lentamente informações necessárias, como autorizações de cursos”.
Nas escolas do ensino básico do concelho, o problema da colocação de professores parece também não estar a afectar o início das aulas, pelo menos, nas escolas do Agrupamento Vertical D. Pedro II, Moita. O presidente da Comissão Executiva Instaladora, Fernando Fonseca, garante as aulas “vão começar no dia 16 em todas as escolas básicas e de pré-escolar do agrupamento”. Neste dia, vai realizar-se a recepção aos pais e alunos.
Na Escola Básica dos 2.º e 3.º ciclos D. Pedro II “está tudo a postos”, porque a preparação de cada ano lectivo “começa no último dia do ano anterior”. Além disso, como se trata de uma escola com 34 anos, “a quase totalidade dos docentes necessários para cada ano escolar pertencem aos quadros”. Diz mesmo, que, à semelhança do que acontece na Escola Secundária da Moita, “há professores a mais”, que se encontram com o “horário zero”.
A maioria das escolas deste agrupamento tem professores nesta situação. Os docentes aguardam os resultados das colocações, que saem no próximo domingo, e “têm prioridade sobre todos os outros”. Para além disso, são colocados em escolas próximo de casa e “podem dar aulas, mesmo que não sejam colocados através dos concursos”. Noutros estabelecimentos do agrupamento as colocações “estão a mais de 50%”, mas, “mesmo no pré-escolar há professores que cheguem para iniciar o ano lectivo a tempo”.