[ Dia 09-09-2004 ] – Escolas de Sesimbra com falta de professores e funcionários.

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Regresso às aulas

Escolas de Sesimbra com falta de professores
e funcionários

O atraso na colocação de professores e a falta de pessoal não docente está a complicar o início do ano lectivo no concelho de Sesimbra. As Escolas do Castelo (AEC) “estão com falta de pessoal” o que “complica a gestão”, adianta a vice-presidente Maria de Jesus. O Agrupamento de Escolas da Quinta do Conde (AEQC) aponta o dia 26 para o arranque. A presidente, Maria do Carmo Serrote, explica o atraso “com a necessidade de não desfasar o calendários das escolas do agrupamento”.

Maria de Jesus explica que os alunos do 2.º e 3.º ciclos AEC “estão dependentes da colocação dos professores”. Os próprios horários, que já estão constituídos, “não podem ser garantidos antes de confirmar com os novos professores”. Nas escolas do 1.º ciclo não “existem quadros fixos”, o que significa que “é necessário esperar pela colocação dos docentes de quadro de zona pedagógica”. Na prática, o que vai acontecer é que as escolas “vão arrancar em dias diferentes e terminar também à vez”.

Trata-se de uma situação “má” quer para os alunos, quer para os conselhos executivos pois “vão gerir diferentes realidades”. As reuniões de avaliação fazem-se ao mesmo tempo “porque funciona em termos de agrupamento”. Quando terminar o ano lectivo, “vai ser necessário esperar por alguns estabelecimentos” para “começar a avaliar alunos que já terminaram o ano lectivo”.

Para contornar este problema, o AEQC arranca apenas no dia 26 de Setembro. Nas escolas de 1.º ciclo até “há bastantes professores”. Mas, como se funciona em termos de agrupamento, “não faz sentido ter datas de abertura desfasadas”. As reuniões de avaliação e os conselhos pedagógicos são comuns e “não traz vantagens, em termos de gestão, desfasar as datas”. Maria do Carmo Serrote acredita que até dia 23 “os docentes ficam colocados”.

O 1.º ciclo do AEC enfrenta ainda a falta de pessoal não docente. No final do último ano lectivo, “muitas funcionárias das escolas aposentaram-se”. “A escola procurou, imediatamente, solucionar a situação” e pediu autorização ao Ministério da Educação para aprovar um concurso para a admissão de novos funcionários. Contudo, até agora, “não recebeu qualquer resposta”. A maior escola do 1.º ciclo do agrupamento, com cerca de 200 alunos, tem apenas duas auxiliares.

Para garantir a permanência de auxiliares no estabelecimento e, consequentemente, a segurança das crianças “é preciso mais três auxiliares”. As escolas precisam também de funcionários da limpeza e “ainda não têm”. Para agravar a situação, este agrupamento conta com crianças portadoras de deficiências. Nestes casos, “é necessário o acompanhamento de auxiliares específicas”. O executivo contactou a Direcção Regional de Educação de Lisboa (DREL), mas aquela entidade “não confirmou o pedido”. Isto quer dizer que as crianças com necessidades especiais “não podem ser integradas logo no arranque escolar”. seta-8085464