Alcácer quer parceria com Grândola
na construção de uma ciclovia
Alcácer do Sal vai propor ao município de Grândola a construção conjunta de uma ciclovia que ligue as duas localidades. O presidente da Câmara Municipal de Alcácer, Rogério Brito, argumenta que esta é uma forma “de promover turisticamente os dois concelhos e também de melhorar a mobilidade”. Rogério Brito está “confiante” na aceitação do projecto quer por Grândola, quer pelo Instituto de Estradas de Portugal (IEP). A par deste projecto, as novas carreiras urbanas e os quiosques de bicicletas “vão contribuir para a melhoria da mobilidade no concelho”.
Rogério Brito quer construir a ciclovia ao longo da estrada nacional. A autarquia já fez uma proposta ao IEP que “aderiu à ideia”. Isto porque, o local onde se pretende instalar o equipamento “coincide com o troço do IC21 que vai ser remodelado em 2005”. Assim, o custo de construção torna-se “simbólico” porque “está integrado na reconstrução da estrada e não exige um alargamento significativo da faixa rodoviária”.
“É importante uma ciclovia que faça a ligação entre as duas sedes”, sublinha Rogério Brito. Trata-se de uma oportunidade para “promover turisticamente ambas as regiões”. Os cicloturistas visitam frequentemente a região e com a ciclovia e espaços de parqueamento e de convívio “valoriza-se a bicicleta como meio de transporte”. Além disso, a estrada nacional “tem muito tráfego rodoviário o que a torna insegura”. Mesmo para as populações locais, que conhecem os perigos, “é inseguro circular”.
A melhoria da mobilidade tem sido uma preocupação do município de Alcácer do Sal. Por isso, Rogério Brito aproveita a celebração do Dia Europeu sem Carros, que se comemora hoje, para anunciar a entrada em funcionamento de um novo circuito de carreira urbana. A partir de Outubro, “mais dois mini-autocarros vão circular na cidade”.
Há dois meses atrás, arrancou o projecto das carreiras urbanas municipais para servir a cidade e os bairros periféricos. Devido ao “sucesso da iniciativa”, que teve “a total receptividade da população”, o município “decidiu criar dois circuitos mais rápidos”. Estas carreiras são também “intermodais”, ou seja fazem ligações às estações rodoviária e ferroviária.
Rogério Brito explica que o sucesso se deve ao facto “de não existirem transportes urbanos” e de, na maioria das deslocações, “a população ter de optar por um transporte próprio”. Esta situação “deixa de fora aqueles que não tem carro próprio”. A autarquia ”não tem intenção de aumentar o número de circuitos”. Os transportes urbanos “são muito caros”, sublinha o presidente, e “não são propriamente rentáveis”.
A par desta experiência a autarquia começa a testar, a partir de hoje, um projecto de incentivo à bicicleta como meio de mobilidade. Existem vários quiosques multimédia que “coordenam o uso de bicicletas públicas”. Os cidadãos do concelho podem usufruir deste serviço, gratuitamente, através da requisição de um cartão de munícipe. A Câmara Municipal e o Posto de turismo fornecem este cartão mediante o preenchimento de uma ficha de inscrição. Assim, “evitam-se os roubos e o vandalismo”.
O cartão de munícipe vai ter ainda outras funcionalidades. Por exemplo, dentro em breve, servirá de entrada para espectáculos e de identificação no levantamento de livros na Biblioteca Municipal. As diversas valências “não estão acessíveis ainda”. A entrada em funcionamento do sistema “prevê-se progressiva até ao final do ano”.
A câmara celebra o Dia Europeu sem Carros com os habituais condicionamentos à circulação automóvel e uma série de actividades lúdicas. O objectivo é “realçar as vantagens de viver na zona nobre da cidade com menos trânsito”. Insufláveis, animadores de rua, ‘slide’, ‘rappel’ e uma parede de escalada são as principais actividades que assinalam a vivência de uma cidade sem carros. 