[ Dia 21-09-2004 ] – Novo estudo conclui que ferries não podem ir para nascente.

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Novo estudo conclui que
ferries não podem ir para nascente

A Administração dos Portos de Setúbal e Sesimbra (APSS) confirma ao “Setúbal na Rede” a impossibilidade de mudar os ferry-boats para nascente. O presidente do conselho de administração, Duarte Amândio, adianta que um levantamento hidrográfico, feito no passado mês de Agosto, conclui que “o atravessamento fluvial até Santa Catarina é impossível”. Esta era “a última alternativa à deslocalização do cais”.

Duarte Amândio deita por terra as críticas em relação ao ‘timing’ da divulgação do estudo feitas pelo presidente da Câmara Municipal de Setúbal, Carlos de Sousa. O autarca tinha considerado “estranho e lamentável” que a APSS baseasse a sua posição num estudo de 1999, só agora divulgado. Contudo, Duarte Amândio sublinha que a decisão “é fundamentada num estudo feito no passado mês de Agosto”.

Uma análise conjunta aos dois estudos “eliminou a última alternativa possível”, ou seja Santa Catarina. Em 1999, a localização junto à Tanquisado foi eliminada “por motivos de segurança e incompatibilidade ambiental”. As instalações marítimas de apoio não podiam ser construídas na margem norte do Sado porque “a lei estabelece um perímetro mínimo necessário entre os locais de saída de passageiros e terminais de combustível”.

Além disso, existem algumas incompatibilidades ambientais. No início de 2004, O Bloco de Esquerda alertou para o facto do Estado “se ter comprometido a proteger Tróia”, através do programa Rede Natura 2000. Além disso, o Plano Regional de Ordenamento do Território do Litoral Alentejano (PROTALI) “proíbe em certas disposições os planos de mudança do cais”.

Duarte Amândio acrescenta que a empresa “já fez várias concessões portuárias dos terrenos necessários para a mudança”. O presidente do conselho de administração justifica que a revitalização da zona das Fontaínhas “não é um projecto APSS, mas sim do programa Polis”.

Dentro em breve, o Porto de Setúbal vai remodelar o porto de recreio. O Conselho de Ministros “já aprovou a abertura do concurso público para a construção e concessão deste equipamento”. O Decreto-lei autoriza a realização de um contrato de concessão da construção e exploração de um porto destinado a barcos de recreio. A Doca de Recreio das Fontaínhas fica no mesmo sítio mas “a capacidade aumenta para 260 barcos”. Os futuros passadiços permitem “ter um bom espaço para a náutica de recreio”. seta-8804550