EMPRESAS, MOTORES DE DESENVOLVIMENTO DA REGIÃO
António Corrêa de Sampaio, presidente do conselho de administração dos TST
“A questão que se coloca não é o lucro
mas a sobrevivência da empresa”
“Não tem havido vontade política” para que o transporte público desempenhe “com qualidade o seu papel social”, acusa António Corrêa de Sampaio, presidente do conselho de administração dos TST. Em entrevista ao “Setúbal na Rede”, o presidente critica o Governo por tardar em tomar uma decisão sobre quem paga o serviço de transporte, dado que, actualmente, as empresas vivem “apenas” dos tarifários, que “são fixados pelo executivo e sempre abaixo do valor da inflação”, uma situação que leva necessariamente “à descapitalização das empresas” do sector. Respondendo às vozes que acusam a empresa de prestar um serviço caro, de má qualidade e de ter funcionários mal preparados ao nível das relações interpessoais, António Corrêa admite “existirem alguns problemas” mas salienta que a empresa está a fazer “um esforço contínuo, nomeadamente ao nível da formação” para melhorar os seus serviços, sendo que, actualmente, apenas recebe uma reclamação por dia.
Setúbal na Rede – Como é que vê o facto de uma empresa de serviço público estar a 100% nas mãos de uma empresa inglesa?
António Corrêa de Sampaio – O facto do accionista ser uma empresa inglesa não trouxe qualquer alteração porque o accionista privilegiou a manutenção da estrutura empresarial que já funcionava. Todos os níveis de gestão da empresa são ocupados por portugueses que conhecem bem a região e que estão atentos aos seus problemas, que conhecem a cultura e o mercado português, pelo que a mudança para um accionista inglês não trouxe qualquer alteração ao funcionamento normal da empresa.
SR – A obtenção de lucro, objectivo principal do accionista, é facilmente compatível com a prestação de serviço público?
ACS – Não, é até bastante difícil. A situação desta empresa não é diferente da situação da generalidade das empresas de transportes em Portugal. Há três anos foi feito um diagnóstico, pelo professor Hernâni Lopes, sobre o sector privado dos transportes rodoviários e foi diagnosticada uma enorme carência de recursos financeiros necessários ao desenvolvimento do sector. Neste momento, as empresas estão muito descapitalizadas, pelo que é difícil investir em novos serviços e melhorar as condições dos actuais. A questão que se coloca, actualmente, não é o lucro mas a sobrevivência das empresas.
SR – Qual a razão que leva a essa descapitalização?
ACS – Isso deve-se sobretudo a duas razões. Por um lado, face ao ‘boom’ da facilidade de endividamento assistiu-se a um aumento das viaturas privadas, o que do ponto de vista da cota de mercado implica uma diminuição de 60 para 38% das deslocações em transporte público na área Metropolitana de Lisboa. Assistimos por isso a uma grande quebra no transporte de passageiros, isto aliado ao facto das empresas privadas de transporte de passageiros terem que sobreviver com as receitas provenientes do sistema tarifário, pois não têm qualquer apoio estatal, como as empresas públicas, e os aumentos têm sido sempre feitos abaixo do custo dos factores.
SR – O facto das pessoas utilizarem cada vez mais o transporte próprio não é resultado de uma oferta desadequada ou da má qualidade do serviço de transportes públicos?
ACS – Essa questão é como quem começou primeiro, o ovo ou a galinha. A realidade é que as pessoas adquiriram as suas viaturas e querem utilizá-las, sendo que com isso estão a contribuir para o aumento dos custos da energia, para os engarrafamentos e para a degradação ambiental. Acredito que temos que promover uma nova consciência ambiental para aumentar a qualidade de vida nos grandes núcleos urbanos, o que passa pela utilização dos transportes públicos nas deslocações regulares. Por outro lado, os transportes públicos também têm que melhorar os seus padrões de qualidade e o seu nível de oferta.
SR – Neste aspecto ainda temos algumas características de falta de desenvolvimento.
ACS – Esse é um ciclo de desenvolvimento do país que tem que ser ultrapassado.
SR – Como é que essa situação pode ser ultrapassada?
ACS – Essa vai ter que ser uma escolha pessoal, pois não se pode obrigar as pessoas a deixar o seu carro à porta e a utilizar o transporte público. Terá que haver consciência de que a utilização do transporte público pode ser mais vantajosa em algumas deslocações.
SR – Perante a imagem negativa dos transportes públicos em Portugal, o que é necessário para incentivar as pessoas para o transporte colectivo?
ACS – Esse é um ponto importante, pois existe a ideia geral de que o facto dos transportes colectivos não corresponderem às necessidades das pessoas é apenas culpa dos operadores, o que não corresponde à realidade. As empresas de transportes não podem prestar um bom serviço se não existirem uma série de outros factores que potenciem o aumento dessa qualidade. Entre esses factores está o ordenamento do território e questões que têm a ver com as infra-estruturas viárias. Por exemplo, se o autocarro fica bloqueado por mau estacionamento na via pública, não é possível oferecer regularidade aos passageiros.
Existe um conjunto de estratégias que têm que ser desenvolvidas em articulação com o desenvolvimento do serviço de transportes, o que passa pela parceria entre os operadores de transportes e pelo poder local. O que temos tentado fazer é uma aproximação às juntas de freguesia e às câmaras municipais no sentido de, em conjunto, encontrarmos soluções para irmos ao encontro do que as pessoas procuram no transporte público, ou seja, rapidez e regularidade. Se garantirmos a rapidez e a regularidade, o transporte público torna-se mais aliciante.
SR – Na península de Setúbal, área de acção dos TST, tem existido entendimento e abertura por parte do poder local para essa busca de soluções?
ACS – Nós temos consciência de que as juntas de freguesia e as câmaras têm os seus próprios constrangimentos, mas temos tido um excelente diálogo com o poder local, o que tem potenciado algumas melhorias, ainda que não tantas como nós desejávamos.
SR – Não existe constrangimento do poder local por, ao contribuir para a melhoria dos transportes, estar também a contribuir para o lucro da empresa?
ACS – Não, porque o que se coloca não é o lucro da empresa mas o serviço público que presta e, nesta perspectiva, tem que prestar um serviço de qualidade de acordo com as expectativas das pessoas. Se as pessoas aderirem aos serviços que prestamos, é lógico que a empresa tem que ter meios para continuar a investir na melhoria dos serviços que presta. Neste momento, um dos nossos problemas é a falta de dinheiro para comprar novos autocarros que nos permitam reduzir a idade média da nossa frota, que é relativamente alta. Isto penaliza a qualidade do serviço e o conforto dos passageiros, mas também o consumo de energia e a qualidade ambiental. A questão que se coloca é que qualquer actividade necessita de ter os recursos necessários para melhorar os serviços que presta.
SR – Não é complicado assegurar serviços pouco lucrativos, como carreiras para áreas e em horários com poucos passageiros?
ACS – Voltamos de novo à questão do financiamento desta actividade. Nós prestamos um serviço público que é do interesse das pessoas que gerem a nossa sociedade. Para sobreviver, qualquer empresa tem que ter lucros que cubram os custos da prestação dos serviços, independentemente de ser pública ou privada. Nos transportes públicos a realidade é a mesma, mas o que não podemos é pedir às empresas que sejam elas a suportar os custos do serviço quando o Estado, por questões de conveniência social, não quer aumentar as tarifas.
O transporte colectivo é um serviço social que deve ser pago pelas pessoas, mas que as tarifas não cobrem a totalidade dos custos. É neste aspecto que entra a decisão política, de definir qual o montante que o utilizador deve pagar pelo serviço e o montante que a colectividade deve financiar. Esta é nitidamente uma decisão política que não compete ao operador, pois a esse é-lhe exigido que preste o melhor serviço ao menor custo possível. Porém, o custo tem que ser coberto e só pode sê-lo de duas formas, ou os passageiros pagam o custo real do serviço ou é pago pelos passageiros e pelo Estado. O que acontece actualmente é que temos tarifas sociais abaixo do custo e a sociedade não se está a encarregar do pagamento dos restantes custos. Até agora não tem havido empenhamento político para que o transporte público possa desempenhar com qualidade o seu papel social.
SR – A viabilidade desta empresa está assegurada?
ACS – Não, e essa é uma preocupação muito grande para nós. O estudo que referi anteriormente mostrou ao Governo que as empresas de transportes estão a caminhar para uma situação de insolubilidade. Neste momento existem questões preocupantes sobre o futuro das empresas e sobre a qualidade do serviço. As empresas podem protelar o seu desaparecimento à custa da diminuição da qualidade do serviço, e é isso que não queremos, pelo que estamos a negociar com o Governo. A instalação recente da Autoridade Metropolitana de Transportes pode ser um factor decisivo na mudança da estratégia que vinha a ser utilizada de há alguns anos a esta parte.
SR – O que tem feito a TST na pressão sobre o Governo para resolver os problemas que referiu?
ACS – Temos mantido reuniões como Governo no sentido de mostrarmos as dificuldades da empresa, em particular face ao aumento exponencial do custo dos combustíveis no último ano. Além disso, pretendemos sensibilizar o Governo para o facto dos tarifários fixados anualmente não cobrirem os custos de produção do serviço. É através de um diálogo de sensibilização e de procura de soluções alternativas que temos pressionado o Governo.
SR – Qual tem sido a resposta?
ACS – A resposta tem andado muito em volta da criação da Autoridade Metropolitana de Transportes e da necessidade de contratualizar os serviços com as empresas, quer públicas, quer privadas, para definir regras claras sobre as responsabilidades de cada uma das partes no serviço de transportes. Definir qual a oferta que o operador tem que fazer e a que nível e quais as condições financeiras do poder concedente, já que é o Estado que atribui as carreiras aos vários operadores.
SR – Julga que a solução tem que passar por um aumento da participação do Governo e não pelo aumento do tarifário, já que os utentes dos TST se queixam muito do preço elevado dos bilhetes?
ACS – Não me compete a mim tomar essas opções, pois essa é uma questão política. O que está em causa é se o custo dos transportes deve ser suportado exclusivamente pelos utilizadores ou se o Estado entende que as pessoas que utilizam os transportes colectivos apenas pagam uma parte, sendo a restante paga com os impostos de todos nós.
SR – Mas tem consciência de que as pessoas se queixam que os bilhetes são muito caros?
ACS – Ninguém paga nada de boa vontade, pois achamos sempre que tudo deve ser gratuito. O problema é que, para existirem bens gratuitos, eles tiveram que ser produzidos por alguém que tem que ser pago pelo trabalho que fez e, logo, nada pode ser gratuito. A questão dos transportes põe-se também desse ponto de vista, já que todos os que pagam acham caro, mas quem vende acha barato. É necessário criar um equilíbrio entre a procura e a oferta no sentido de estabelecer um valor justo para este serviço. Mas quando uma pessoa paga menos de um café por dia para fazer um número de viagens ilimitadas que necessite, não me parece que seja caro.
SR – Para além do preço, as pessoas queixam-se do mau serviço prestado pelos TST. Existem muitas queixas contra a empresa, que vão desde a má qualidade dos autocarros até ao incumprimento de horários.
ACS – Essa é uma ideia generalista, pois é sempre mais fácil dizer mal de tudo e de todos. No nosso caso, a empresa faz inquéritos anuais aos seus utilizadores e temos verificado que a opinião das pessoas tem vindo a melhorar relativamente ao serviço prestado. Existe uma ideia comum a todos os países em que as pessoas que não utilizam o transporte público têm uma opinião menos favorável do que as que o utilizam. Neste momento, as reclamações relativamente à empresa não chegam a uma por dia, ao contrário do que acontecia há três anos. Actualmente temos um sistema de resposta a todas as reclamações que nos chegam através dos vários meios.
SR – Muitas vezes se afirma que o mau serviço prestado pela empresa se deve ao facto de ter o monopólio do transporte na região. A falta de concorrência não pode levar a algum relaxe?
ACS – Só fala de monopólio quem não conhece o sector dos transportes. Num sistema com concorrência, a primeira coisa a liberalizar é o preço, originando inevitavelmente uma subida generalizada das tarifas. Nessa situação os preços não são fixados pelo Estado mas sim pelos operadores. Não são os TST que são monopolistas mas sim o Estado que tem uma rede de transportes e concessiona parte dessa rede a determinado operador. Na minha opinião, os transportes colectivos não devem funcionar em concorrência mas em complementaridade, algo que se tem verificado sempre que são implantados novos sistemas de transporte, como foi o caso do comboio na ponte e como vai ser com o Metro Sul do Tejo. A rede de transportes públicos tem que ser complementar e não concorrencial, sob pena de se verificar um aumento de custos a vários níveis.
SR – Existe colaboração com outros operadores?
ACS – Sim, nós temos excelentes relações com os restantes operadores, quer os ferroviários quer os fluviais, e temos sempre em mente a necessidade de articularmos os nossos serviços, para podermos potenciar a mobilidade em rede às pessoas.
SR – Muitas das reclamações referem-se aos procedimentos dos motoristas. Que formação é dada aos recursos humanos da empresa para que se verifique um melhor atendimento?
ACS – A prestação de um serviço passa sobretudo pelas relações humanas e a boa qualidade desse serviço passa pelo profissionalismo das pessoas que o prestam. Nessa perspectiva, temos tido uma grande preocupação com a formação do nosso pessoal. A empresa tem 1280 trabalhadores, sendo que todos estão sujeitos a formação. Existe uma formação inicial que é dada quando as pessoas são admitidas na empresa e depois temos formação contínua a nível comportamental e da relação com o cliente. É óbvio que nem tudo está bem, mas estamos a fazer um esforço no âmbito da formação. Também temos que reconhecer que, num universo de 1280 pessoas, existe sempre alguém que não tem tanta apetência nas relações interpessoais. Estamos a investir muito nesta área e no último ano têm-se verificado melhorias.
SR – Utiliza os serviços dos TST?
ACS – Sim, sempre que me seja necessário. Sempre que vou ao terreno faço-me acompanhar de colaboradores para que possamos tomar notas e verificar o que está menos bem, para podermos melhorar. Encontramos sempre pontos que podemos melhorar, mas também admito que muito já foi feito e que, consoante as melhorias, as pessoas vão-se tornando mais exigentes. Como é impossível atingirmos a perfeição, vão sempre existir áreas em que é necessário agir.
SR – Perante as dificuldades que a empresa sente para garantir a sua viabilidade, que espaço fica para a inovação e investigação?
ACS – Participamos em duas agências de energia, a Ageneal e a Ameseixal, como vertentes do nosso envolvimento com as entidades locais no sentido de estabelecer parcerias que permitam melhorar o nosso serviço. As participações na Ageneal e na Ameseixal são extremamente importantes para nós e denotam já uma aproximação e uma relação, não só com essas estruturas, mas também com as estruturas municipais.
Do ponto de vista da inovação, temos acompanhado o desenvolvimento da bilhética sem contacto, uma experiência que está a ser feita na área metropolitana de Lisboa e que os operadores públicos já estão a implementar. Participamos desde o início na concepção e desenvolvimento do software, mas neste momento não temos condições económicas para adquirir os equipamentos que permitem utilizar esta técnica, pelo que logo que tenhamos condições vamos utilizá-la. Temos também em curso o levantamento por GPS de toda a nossa rede de carreiras, uma situação que visa implementar a ajuda à exploração em tempo real com a monitorização dos autocarros através de GPS com vista à melhoria do serviço.
Para além do que já referi, temos uma página na Internet que tem em vista facilitar o contacto com os clientes e este é um trabalho que já está concluído. Mantemos também contactos com fornecedores de autocarros no sentido de acompanharmos as evoluções técnicas, para que, logo que possível, possamos adquirir autocarros novos adequados aos nossos serviços. Existe uma panóplia de actividades de inovação que a empresa vai fazendo e acompanhando, ainda que, neste momento, não lhe seja possível implementar todas elas.
SR – A empresa é acusada de comprar autocarros em segunda mão, que estão para abate nos seus países de origem.
ACS – O sistema de funcionamento dos países europeus é diferente do nosso. Eles funcionam por concursos de cinco a seis anos e se a empresa que ganhou o primeiro concurso não ganhar o segundo, fica com a sua frota disponível para venda. Isto implica que, no estrangeiro, existam muitos autocarros com seis, sete, oito, nove ou dez anos que ficam disponíveis, não por terem chegado ao fim da sua vida útil, mas porque os operadores perderam os concursos onde eles operavam.
Devido aos constrangimentos que temos tido, se comprarmos um autocarro novo, podemos substituir apenas um com 25 anos, mas se comprarmos quatro ou cinco de seis anos podemos substituir outros tantos de mais idade. Temos conseguido renovar mais frota de mais idade por frota de menos idade, já que a empresa não tem dinheiro para fazer essa renovação com autocarros novos.
SR – Quer dizer que no estrangeiro existe financiamento do Estado para a aquisição de veículos?
ACS – Sim, porque o Estado paga a totalidade do serviço que as empresas prestam, incluindo a amortização do equipamento, algo que não se passa em Portugal.
SR – É verdade que os TST podem deixar de aderir ao passe social.
ACS – Foi uma questão que teve que ser posta ao Governo face às dificuldades que a empresa estava a atravessar. O Governo entendeu que deveria encontrar uma solução transitória durante um ano e neste momento estamos a tentar chegar a acordo sobre o sistema que iremos adoptar em meados do próximo ano, que poderá passar pela contratualização de serviços, como de resto tem sido avançado por alguns ministros.
SR – A crise que se tem vivido afectou a situação da empresa?
ACS – A crise económica do país acentuou a crise económica da empresa. Numa época de crise poder-se-ia pensar que as pessoas usariam mais o transporte público. Porém, embora isso se verifique numa pequena parcela, existem outras pessoas que deixam de andar de transporte colectivo, dado que quem se deslocava duas ou três vezes por semana para ir às compras ou passear deixa de o fazer. Por outro lado, temos assistido ao encerramento de algumas empresas, o que implica mais uma retracção no número de pessoas a utilizar o transporte. Fazendo um balanço entre as pessoas que entram e as que saem do sistema, o saldo é muito negativo para o sector dos transportes. Em resumo, a crise agravou a situação, já difícil, em que este sector se encontrava.
SR – Qual a situação real de empresa?
ACS – Neste momento, acredito que já passámos a fase mais difícil. Nos últimos anos tivemos um decréscimo de passageiros na ordem dos 7%, o que é significativo em termos de receitas, mas actualmente estamos a atravessar um período de alguma estabilidade que pode vir a melhorar com a contratualização com o Governo. Através da contratualização dos serviços, podemos vir a ter a cobertura total dos custos do transporte e dessa forma teremos condições para tornar mais sustentável o desenvolvimento da empresa.
SR – Os funcionários da empresa não têm razões para temerem o futuro?
ACS – Não, penso que não. Mas isso passa muito pelo facto das pessoas interiorizarem que a viabilidade das empresas de transportes está intimamente ligada à prestação de um bom serviço. É importante que os nossos funcionários tenham consciência que o futuro da empresa depende muito da forma como se comportarem com o cliente, algo que temos vindo a incentivar e a privilegiar na empresa.