Centro de acolhimento do Seixal
contribui para integração social
A associação CRIAR-T comemora oito anos de existência com a consciência de ter cumprido “todos os objectivos” a que se propôs. O presidente desta associação de solidariedade, Fernando Marques, revela ao “Setúbal na Rede” que a vida da associação “teve altos e baixos”. No entanto, quando a CRIAR-T começou a dar os primeiros passos “ninguém arriscaria dizer que alcançaria este nível”.
Fernando Marques sublinha que “os objectivos têm sido atingidos”, contrariamente “ao que se esperava”. O presidente da CRIAR-T e do centro da associação, no Seixal, revela que as metas “são alcançadas quer nos casos de acolhimento de sucesso, quer nos de insucesso”.
Segundo o presidente, “não é possível dizer” que a afluência de utentes é “muito grande”. No entanto, Fernando Marques explica que só são admitidos” os utentes que pretendam “traçar um projecto de vida”, e que não façam do centro apenas “um local para comer e dormir”. A “procura aumenta” à medida que as pessoas “tomam conhecimento” do modo “como funciona o centro”.
Os utentes que se dirijam ao centro da CRIAR-T, no Seixal, são sujeitos a uma “selecção” e a um “acompanhamento médico e psicológico” executados por entidades parceiras. No final, é traçado um perfil do utente e elaborado um “projecto de vida”. Em conjunto, utentes e equipa de trabalho, tentam encontrar as respostas para os problemas, com o objectivo de uma “integração na sociedade”.
O centro depara-se com “obstáculos” ao seu trabalho, entre os quais a “dificuldade de integração de alguns utentes”. Fernando Marques revela ao “Setúbal na Rede” que há pessoas que “estão habituadas a viver sem regras” e não se “adaptam à sociedade”.
Fernando Marques revela que uma das grandes barreiras “é a própria legislação”. O centro “só pode acolher” utentes que tenham a sua “situação regularizada e legalizada”. Segundo o responsável, a associação está condicionada, pois quem não está legal “não pode receber ajuda”.
O centro do Seixal nunca está a funcionar a 100%, desabafa o presidente. “Cada utente é uma nova experiência” e a equipa tem que “aprender com os novos utentes”, para lhes oferecer a resposta desejada. A “equipa tem que ser rápida” para ir de encontro às “questões colocadas”.
Desde que abriu, em Março deste ano, o centro já acolheu cerca de 15 pessoas. Ao princípio, é “estabelecido um período de 30 dias” de acolhimento que se podem “estender” mediante a resposta dada pelo utente. Fernando Marques sublinha que o tempo de integração “varia de pessoa para pessoa”.
O presidente da CRIAR-T adianta ao “Setúbal na Rede” que os projectos futuros passam pela “continuação de uma aprendizagem” com o acolhimento de novos utentes. Para Fernando Marques o centro “não pretende utentes a todo o custo”. O objectivo “primordial” é “respeitar”, sempre que possível, “os desejos dos utentes”.