Mestre Maco patrocina o Desporto no “Setúbal na Rede”
Vitória obtém empate justo na deslocação
a Moreira de Cónegos
Na visita a Moreira de Cónegos o Vitória de Setúbal garantiu mais um ponto num empate “justo” segundo a opinião do seu treinador. José Couceiro entende que o resultado acaba por ser “justo pelo desempenho das duas equipas”. Já o treinador Moreirense, Vítor Oliveira, acha que neste jogo a sua equipa “não ganhou um ponto” mas acabou por “perder dois”.
Local: Estádio Comendador Joaquim Freitas, Moreira de Cónegos
Árbitro: Duarte Gomes (Lisboa)
Vitória F. C.: Marco Tábuas; Ricardo Chaves; Éder; Hugo Alcântara; Sandro (Puma, 92’); Manuel José; Jorginho; Auri; Zé Rui (Pedro Oliveira, 80’); Nandinho; Bruno Moraes (Meyong, 60’)
Treinador: José Couceiro
Disciplina: amarelo aos 66 minutos para Éder e aos 78 para Auri; segundo cartão amarelo e consequente vermelho para Éder aos 75 minutos
Moreirense F. C.: João Ricardo; Primo (Bruno Mestre, 82’); Ricardo Fernandes; Sérgio Lomba; Tito; Jorge Duarte (Afonso Martins, 67’); Luís Vouzela; Filipe Anunciação; Manoel; Lito (Armando, 62’); Fernando
Treinador: Vítor Oliveira
Disciplina: amarelo aos 29 minutos para Fernando; aos 61 para Tito e aos 79 para Filipe Anunciação; segundo cartão amarelo e consequente vermelho para Fernando aos 73 minutos
Golos:
1-0 – Fernando (19’)
1-1 – Jorginho (53’)
1-2 – Zé Rui (64’)
2-2 – Fernando (71’)
O Vitória entrou no jogo com vontade, a remeter o Moreirense à sua defesa e a obrigar a equipa de Moreira a errar muitos passes. No entanto, e contra a corrente do jogo, o Moreirense, numa bela jogada de contra-ataque, consegue desmarcar Fernando, que sem dificuldade inaugura o marcador, pouco depois do primeiro quarto de hora de jogo.
Segundo Vítor Oliveira, o Moreirense “podia ter marcado mais golos na primeira parte”. A partir do golo sofrido o Vitória tremeu e começou a errar muitos passes e a cometer inúmeros erros defensivos. Valia a falta de pontaria dos homens de Moreira. Já José Couceiro atribui “responsabilidades” do golo sofrido “à sua equipa” pela forma como jogou o início do encontro.
Para José Couceiro, a primeira meia hora de jogo dos sadinos foi jogada “ao ritmo do Moreirense” e considera que a equipa acabou por “dar meia hora de avanço” ao Moreirense. Segundo o treinador vitoriano, esta “não é a forma habitual da equipa jogar” e, por isso, o Vitória acabou por sofrer um golo.
A dez minutos do término da primeira parte, o Vitória reage e cria o melhor lance em toda a partida, numa bela jogada de transição entre a defesa e o ataque. No entanto a bola é rematada muito por alto e o lance perde-se sem que a equipa sadina comemore o golo esperado.
No reatamento do jogo, decorriam sete minutos da segunda parte quando Fernando comete falta sobre Jorginho dentro da grande área. O árbitro apontou para a marca de grande penalidade e Jorginho repôs a igualdade no marcador.
Vítor Oliveira considerou que o Vitória “entrou melhor na segunda parte” e que obrigou a sua equipa a “cometer muitos erros” e a “perder bolas” aparentemente “controladas”. Foi assim que o Moreirense sofreu o primeiro golo, e dez minutos mais tarde acabaria por sofrer o segundo, mais uma vez numa bola perdida.
Numa recuperação de bola a meio campo, o número três sadino, Ricardo Chaves, rompeu pelo meio campo adversário e, num bom cruzamento, descobriu Zé Rui livre de marcação no interior da área. Foi sem dificuldade que os sadinos chegaram ao golo da reviravolta.
José Couceiro sente-se “contente com a sua equipa”, que se demonstra cada vez mais “confiante” e que consegue “inverter um resultado desfavorável” para um bom resultado. O treinador vitoriano revela que tem “equipa” e que está, também, “contente com o seu rendimento”.
Nos minutos que se seguiram ao golo da reviravolta sadina, o “Vitória poderia” ter alcançado, revela José Couceiro, o “terceiro golo”. No entanto foi o Moreirense que voltou a marcar, num grande golo de livre directo, marcado mais uma vez por Fernando.
Não terminaria o jogo sem que dois jogadores fossem expulsos, um de cada lado. Primeiro o goleador do Moreirense, Fernando, e dois minutos mais tarde, Éder, ambos por acumulação de amarelos.
Depois da expulsão do brasileiro do Vitória, Vítor Oliveira diz que achou a sua equipa “muito melhor” que os sadinos. Segundo o treinador, nos “últimos 15 minutos” do jogo “apenas” o Moreirense “lutava pelos três pontos”.
Os três pontos acabaram por se repartir neste jogo em que se encontravam as duas equipas com os “orçamentos mais baixos” da SuperLiga. Quem fez questão de o referir foi José Couceiro que volta a deixar de lado a “euforia” deste “início de campeonato” para a equipa de Setúbal, pensando, claro está, no “objectivo, que passa pela manutenção”.