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Barreirense vence e está de
novo isolado em primeiro lugar
O Barreirense arrecadou no passado sábado mais uma vitória por duas bolas a zero frente ao Operário do Açores, num jogo em que a formação da margem sul do Tejo “entrou com o pé direito”. O Pinhalnovense empatou em Vendas Novas, frente ao Estrelas local e perdeu a oportunidade de se juntar aos homens do Barreiro na liderança do Campeonato Nacional da 2ª Divisão B Zona Sul. Com o empate da União da Madeira em casa, o Barreirense tem agora um ponto de vantagem sobre os madeirenses e dois pontos a mais que o Casa Pia e o Pinhalnovense. O Amora perdeu fora de portas por uma bola a zero, com o Ribeira Brava, e o Vasco da Gama de Sines cedeu um empate ao Atlético.
Barreierense 2 – Operário dos Açores 0
Barreirense: Paulo Silva, João Afonso, Pedro Nunes, Vitinha, Marco Bicho, Sandro, Rui Varela (Mauro 81´), Moreno (André 85´), Marco, Pedro Duarte (Saavedra 71´) e Angel
Treinador: Daúto Faquirá
Disciplina: Saavedra 92´
Operário: Daniel, Moreno, Emanuel, Fábio Teixeira, Duarte, Nelson Ramos (Toni 45´), Cláudio, Alberto (Barroso 85´), Pintinho (Fábio Pires 65´), Hugo Santos e Clemente
Treinador: Jorge Portela
Disciplina: Moreno 69´, Alberto 79´, Daniel 84´, Cláudio 92´
Golos: 1-0 – Pedro Duarte (18´)
2-0 – Pedro Duarte (40’)
O Barreirense entrou na partida com o pé direito, tendo desde os primeiros minutos mostrado superioridade em praticamente todos os cantos do terreno. Um jogo em que também o Operário dos Açores mostrou um bom jogo de futebol e tentou durante os primeiros minutos manter alguma superioridade.
Durante os primeiros quinze minutos de jogo, Barreirense e Operário mantiveram um jogo de nível com oportunidades para ambos os lados, se bem que foram os homens da casa que deram um pouco mais de trabalho a Daniel.
Também o Operário tentou através de uma bola perdida a meio campo, surpreender Paulo Silva mas sem sucesso, tendo a defensiva encarnada mostrado união e empenho em defender as suas redes.
Depois de alguns minutos de bola cá, bola lá, Pedro Duarte, esquerdino por natureza, rematou forte de livre, e com o pé direito não deu qualquer hipótese ao guarda-redes açoriano.
Em vantagem a partir do minuto 18, o Barreirense mostrou o seu valor, e tal como disse o técnico da casa, Dauto Faquirá, com um “maior reforço a meio campo, e com os flancos bem apertados”, os homens da casa conseguiram segurar o resultado e até aumentar a vantagem.
E foi mesmo o capitão Pedro Duarte que voltou a fazer saltar os adeptos do Barreirense depois de uma grande jogada individual de Vitinha, que assiste o colega esquerdino. Ao receber a bola de Vitinha que consegue desviar três adversários, Pedro Duarte, apenas empurra a bola para o fundo da baliza, curiosamente com o pé direito, e faz o segundo para a sua equipa e para a sua contagem pessoal, que atinge já os seis tentos.
A vencer por dois a zero, o Barreirense regressa do intervalo com uma equipa descansada e é o Operário que joga as primeiras cartadas. Com a entrada de Toni, o técnico açoreano Jorge Portela dá novo sangue à sua formação e impõe uma nova estratégia. O Barreirense não se fez rogado e conseguiu “ser superior, mostrando um jogo bem organizado e estruturado, criando inúmeros problemas aos adversários”.
Os primeiros minutos do segundo tempo ficaram marcados essencialmente pelo equilíbrio, se bem que o Barreirense fez questão de, por diversas vezes, sair rumo à baliza adversária e dar trabalho a Daniel. Num encontro com sinal mais para a equipa da casa, o Barreirense mostrou novamente que “marcar cedo, é meio caminho andado para comandar o encontro”, e essencialmente ser superior a partir do seu meio campo. O técnico da equipa da casa apostou “numa frente de ataque bem organizada e estruturada”, e foi mais uma vez bem sucedido.
Dauto Faquirá recordou que “o Operário tem um plantel que tem por hábito sair muito bem da zona defensiva e jogar em contra-ataque”, mas os homens do Barreiro conseguiram sempre “fechar todos os caminhos”. O treinador da formação da casa sublinhou ainda que “a equipa mostrou mais uma vez a união em campo, evidenciando um jogo mais solto e rápido”.
Estrela de Vendas Novas 1 – Pinhalnovense 1
Nesta sétima ronda o Pinhalnovense deixou fugir a oportunidade de se juntar aos primeiros, ao lado do vizinho Barreirense. Com um empate a uma bola em Vendas Novas, os pupilos de Paco Fortes começaram por estar a perder, mas Pedro Alves rematou forte repondo a igualdade.
O técnico pinhalnovense evidenciou algumas “falhas” do seu plantel e disse mais uma vez que “não se podem desperdiçar oportunidades flagrantes, como aconteceu”.
Em análise ao encontro, Paco Fortes salientou mais uma vez o “empenho e a garra da equipa em querer ganhar e levar os três pontos para Pinhal Novo”, mas rematou dizendo que “criando oportunidades, tiveram golos de mão beijada e assim é difícil concretizar e ganhar”.
“Um grupo de trabalho unido, jovem e sobretudo dedicado”, contínua a ser a principal aposta do técnico espanhol que mais uma vez voltou a evidenciar o trabalho dos seus pupilos.
Vasco da Gama de Sines 0 – Atlético 0
Depois de uma ronda de derrotas, eis que surge o segundo empate do Vasco da Gama de Sines nesta temporada. Um jogo sem golos frente ao Atlético, num encontro em que se “notaram algumas melhorias” da formação de Sines.
Os pupilos de Francisco Fernandes apresentaram “um jogo mais coeso, tendo como base uma estrutura mais forte a meio campo”. O técnico lembrou que “a má sorte contínua do lado do Vasco da Gama”, mas disse por outro lado que “a vontade de ganhar e de mostrar trabalho contínua a vir ao de cima”.
Com uma estrutura mais forte a meio campo e na defesa, “algumas das falhas que têm acontecido, já não se notaram tanto” e, de acordo com Francisco Fernandes, o Vasco da Gama de Sines conseguiu “em alguns casos, trocar as voltas ao adversário”.
Ribeira Brava 1 – Amora 0
Este fim-de-semana o Amora perdeu fora de portas por uma bola a zero, no terreno do Ribeira Brava, num jogo com algumas complicações para os visitantes. Os jogos nas ilhas são por excelência complicados e mais uma vez os homens da Margem Sul do Tejo confirmaram essa tendência.
Uma derrota que Rui Dias, técnico do Amora, considera que “soube a pouco”, dado o “trabalho que a equipa fez”. Um golo que surgiu de surpresa através de uma jogada bem estruturada dos adversários em que os amorenses desmonstraram algumas falhas.
Rui Dias referiu que “oportunidades não faltaram, e mais uma vez faltou a concretização”. O ataque da equipa da Margem Sul foi “planeado e organizado” e por diversas vezes o Amora “esteve perto de igualar o marcador”.
“Há alguns erros que não podem voltar a acontecer” e por isso o treinador do Amora sublinhou que “o trabalho vai continuar e o plantel não vai desistir”.