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Vitória de Setúbal imparável fora do Bonfim
O Vitória de Setúbal deu-se bem em mais uma deslocação ao norte. Na cidade dos arcebispos a equipa sadina derrotou o Sporting de Braga por três bolas a duas. A vitória “foi justa” porque os sadinos “foram a melhor equipa”, refere José Couceiro. O treinador vitoriano não esconde a satisfação de estar bem posicionado, mas prefere “não entrar em euforias”. Quem partilha da mesma opinião é Jesualdo Ferreira. Segundo o treinador bracarense o vitória “foi superior” e “mereceu ganhar”.
Local: Estádio Municipal de Braga, Braga
Árbitro: Paulo Baptista (Portalegre)
Vitória F. C.: Marco Tábuas; Ricardo Chaves; Éder (Igor, ao intervalo); Hugo Alcântara; Sandro; Manuel José; Jorginho; José Rui (Bruno Ribeiro, 71’); Nandinho; Meyong (Bruno Moraes, 76’); Veríssimo
Treinador: José Couceiro
Disciplina: amarelo aos 47 minutos para Éder; aos 61 para Igor e aos 69 para Jorginho
S. C. Braga: Paulo Santos; Nem; Jorge Luíz; Luís Loureiro (Castanheira, 57’); Paulo Sérgio (Lima, 59’); João Tomás; Jaime Jr. (Cândido Costa, 67’); Wender; Abel; Nunes; Vandinho
Treinador: Jesualdo Ferreira
Disciplina: amarelo aos 12 minutos para Luís Loureiro; aos 58 para Nunes e aos 62 para Vandinho
Golos:
0-1 – Jorginho (24’)
1-1 – João Tomás (30’)
2-1 – Wender (31’)
2-2 – Manuel José (52’)
2-3 – Ricardo Chaves (77’)
Segundo o treinador vitoriano a sua equipa “concretizou bem as oportunidades de golo” que teve e por isso “mereceu a vitória”. Já o treinador do Braga, Jesualdo Ferreira, não sabe porque é que o Braga jogou assim. O técnico bracarense refere que a sua equipa “esteve apática”, jogou “mal” e “não foi” o Braga “dos outros jogos”.
O novo estádio Municipal de Braga proporcionou um belo espectáculo de futebol entre os bem posicionados Sporting de Braga e Vitória de Setúbal. O jogo começou, por isso, muito repartido. Os avançados criavam muitas oportunidades de golo, bem defendidas pelos guarda-redes.
A meio da primeira parte o Braga começou a errar muitos passes, o que possibilitou aos sadinos uma maior facilidade de avançar para o contra-ataque. Decorriam os 24 minutos do primeiro tempo quando, em mais uma perda de bola bracarense, Jorginho remata à meia volta para o primeiro golo do jogo.
Estava na frente a equipa com mais oportunidades de golo. No entanto a equipa do Vitória adormeceu ligeiramente. Seis minutos depois de aberto o marcador, deu-se a revolução no encontro. Num minuto a equipa de Braga marcou dois golos seguidos, primeiro por João Tomás e depois um grande golo de chapéu a Marco Tábuas por Wender.
Segundo José Couceiro, o Vitória “cometeu alguns erros” na primeira parte. Erros esses que custaram uma reviravolta tremenda no marcador. O jogo chegava ao intervalo com o resultado favorável aos locais e José Couceiro preferiu mexer na equipa antes do reatamento do jogo.
Ao intervalo entrou Igor para o lugar de Éder e o Vitória começou a empurrar o Braga para a sua defensiva, com o bom futebol que praticava. Jesualdo Ferreira achou que o Vitória “soube sempre o que fazer” e se superiorizou ao Braga. Foi então que, pouco depois de recomeçar o encontro, o recém entrado Igor sofre falta à entrada da área.
Na marcação do livre directo, mais um grande golo no Municipal de Braga. Manuel José empata o jogo com um remate a sensivelmente 25 metros de distância da baliza. A partir deste momento o Vitória de Setúbal comandava o jogo como queria.
Toda a equipa do Vitória jogava bem. Perante os tímidos ataques do Braga defendia bem a defesa setubalense. O ataque sadino criava cada vez mais oportunidades de golo e, sem surpresa, os vitorianos voltam para a frente no marcador, através de um bom golo de Ricardo Chaves, a passe de Bruno Morais, que havia entrado um minuto antes. Não terminaria o jogo sem que o Vitória voltasse a criar mais oportunidades de golo em belos lances de “futebol espectáculo”.
No final da partida poder-se-á dizer que José Couceiro derrotou bem o professor Jesualdo na análise que fez ao jogo. As alterações feitas pelo técnico sadino rapidamente recolocaram o Vitória na frente. A equipa sadina soube “dar a volta” quando esteve a perder e “manter a calma e serenidade”, visto esta ser a postura que o técnico sadino pretende para a sua formação.
A equipa setubalense continua bem colocada na SuperLiga mas o seu técnico volta a referir que “não pretende” entrar em “euforias”. José Couceiro acha que é “cedo demais” para entrar num estado de “euforia excessiva”.
A equipa sadina continua sem perder fora e José Couceiro revela que “não há” nenhum “segredo especial” pelo facto da sua equipa marcar “mais golos fora”. O que é certo é que a equipa vitoriana tem uma “margem maior” fora de casa “do que no Bonfim”, refere Couceiro.