Presidente de Sesimbra considera que
PIDDAC para a região é “hábil”
O presidente da Câmara de Sesimbra, Amadeu Penim, considera que o “Governo redigiu de forma habilidosa o PIDDAC para o concelho”. O autarca chama atenção para o facto de 5 milhões de euros da verba “estarem destinados a obras que beneficiam Setúbal, e não Sesimbra”. As instalações de apoio ao trem naval e o Plano de Monitorização Ambiental dos Portos de Setúbal e Sesimbra “valorizam, fundamentalmente, as instalações do concelho vizinho”.
Os 8,1 milhões de euros são uma verba “satisfatória” mas as duas obras principais, que totalizam mais de 5 milhões, não são para Sesimbra. Feitas as contas, o concelho recebe apenas metade do bolo e “obras importantes continuam a ficar de fora”. Um quartel da GNR para a Quinta do Conde e o Centro de Saúde de Sesimbra não foram incluídos e Amadeu Penim considera-os “falhas enormes”. O crescimento demográfico da Quinta do Conde “justifica um quartel”.
O centro de saúde já esteve em PIDDAC mas foi retirado. O autarca argumenta que a construção de um novo equipamento “liberta as instalações da Santa Casa da Misericórdia” e permite que esta instituição “expanda as suas valências”. Por outro lado, a inclusão da extensão de saúde da Quinta do Conde, no valor de 850 mil euros, agrada a Amadeu Penim. Os problemas relacionados com os terrenos “estão praticamente resolvidos”, pois “só falta a avaliação do tribunal”.
O presidente aponta outras falhas, como a verba atribuída às variantes do Porto de Abrigo e de Santana. “É claramente insuficiente”, até porque “são obras fundamentais para retirar o fluxo da zona da cotovia e de Santana”. Além disso, o Governo “continua a insistir na criação da Escola Básica Integrada”, quando o que a Quinta do Conde necessita “é de uma Escola Secundária”.
Amadeu Penim está “satisfeito” com os 330 mil euros para construir o nó da Quinta do Conde na Estrada Nacional 10. O concurso deverá sair ainda este ano, para que “em 2005 se possa começar a obra”. O Centro Cultural Raio de luz pode finalmente avançar, já que só agora consta do PIDDAC. Contudo, o contrato-programa “é do tempo do ministro José Sócrates”.