Universidade da Terceira Idade
aposta no aumento da qualidade
A Universidade Setubalense da Terceira Idade (UNISETI) está apostar “no enriquecimento dos seus currículos”, afirma o reitor Brissos Lino. Por isso, ontem, tomou posse o Senado, um órgão consultivo que “faz o acompanhamento crítico da actividade da universidade e sugere novos caminhos”. Numa altura em que a instituição completa quase um ano de existência, esta é uma forma de demonstrar que “é uma resposta social que fazia falta em Setúbal”.
O Senado vai contribuir “ao nível do enriquecimento dos currículos e das iniciativas a promover”. Trata-se de uma espécie de Conselho Cientifico que reúne duas vezes por ano. Brissos Lino adianta que o objectivo foi “escolher individualidades que representassem várias áreas” e que fossem “figuras relevantes a cidade”. A variedade de áreas “permite uma discussão construtiva e rica”.
O director do Festroia, Mário Ventura Henriques, é um dos nomes que compõe o Senado. O director vai contribuir na área da literatura e do cinema. Uma das funções passa, exactamente, “por contactar com outras pessoas ligadas à cultura portuguesa”. Mário Ventura Henriques considera que este é um trabalho “importante” porque “as pessoas ainda não perceberam o problema terrível da terceira idade”, pois “a sociedade não integra os idosos”. Esta universidade permite compensar “o vazio e o abandono a que os idosos são votados”.
O vereador da Saúde da Câmara Municipal de Setúbal (CMS), Duarte Machado, encara a entrada no Senado com “entusiasmo”, já que “contribui para o combate à solidão”. Para minimizar o constrangimento do envelhecimento são necessárias três coisas, “a família, a espiritualidade e as instituições onde se sentem úteis”. O vereador vai sugerir novas áreas, como o turismo. O autarca acredita que “há muito a aprender no sector” porque “está em permanente evolução”.
No próximo dia de 3 de Novembro a UNISETI completa um ano. Brissos Lino faz um balanço “positivo”, pois “houve uma grande adesão quer de alunos, quer de professores”. Os docentes fazem este trabalho de graça, “usufruem apenas do prazer de ensinar”. Nesse sentido, o reitor critica “a falta de apoios institucionais e governamentais”. O problema principal “é a necessidade de umas instalações cedidas” porque “as rendas são muito altas”.