Santiago do Cacém foi “discriminado” pelo PIDDAC
“O PIDDAC 2005 desfaz os argumentos do Governo de que o Alentejo sofre de uma discriminação positiva”, defende o presidente de Santiago do Cacém, Vítor Proença. O Litoral Alentejano “foi claramente discriminado” pois, no total, só recebe 30 milhões de euros. Além disso, “as obras mais significativas são para equipamentos do Estado”. O autarca critica a exclusão da maternidade do novo Hospital do Litoral Alentejano (HLA) do PIDDAC.
Os valores mais significativos “são para obras do Estado ou multimunicipais”. Por exemplo, o Centro de Formação Profissional “abrange vários municípios e recebe 375 mil euros”. Cerca de 755 mil euros vão para o HLA, e mesmo assim a maternidade não consta. A ausência de uma maternidade no HLA “é grave”, já que as grávidas em trabalho de parto são obrigadas a ir a Setúbal, Almada ou Beja.
O que sobra dos dois milhões totais, vai ser aplicado na futura escola dos 1.º e 2.º ciclos com jardim-de-infância, apesar de os 77 mil euros “pagarem apenas o projecto”, e em equipamentos desportivos e escolares. O IP8 recebe 500 mil euros, o que “é bom” porque “integra este território no corredor nacional de estradas”. Contudo, a verba não contempla as ligações de Santiago do Cacém e de Vila Nova de Santo André ao novo hospital, que são “urgentes”.
De fora ficaram projectos que Vítor Proença considera “importantes”, como a delegação de finanças para Vila Nova de Santo André, ou o ensino politécnico em Santiago. A desactivação de lamas oleosas do complexo industrial de Sines “foi uma vez mais adiada pelo Governo, bem como as emissões da ETAR de Ribeira de Moinhos”. O Governo “esqueceu” as rotundas, em estradas nacionais, de Ermidas-Sado e de Alvalade.