[ Dia 05-11-2004 ] – Derrame de nafta no rio Sado em fase de contenção.

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Derrame de nafta no rio
Sado em fase de contenção

A operação de remoção de resíduos no rio Sado foi retomada esta manhã depois de, ontem, um acidente numa empresa do Parque Industrial Sapec Bay ter permitido o derrame de nafta. Os Bombeiros Sapadores de Setúbal (BSS) encontram-se no local “para dar apoio à limpeza de um colector”. O comandante dos BSS, Mário Macedo, adianta que as causas do acidente “ainda não foram apuradas” e que a quantidade de nafta derramada “está por determinar”.

O derrame terá ocorrido devido a um acidente na empresa Mota, Pereira e Machado. Pelas 11 horas de ontem, “um tubo rompeu-se”, em circunstâncias ainda por apurar, e “permitiu que a nafta passasse para o rio através do sistema de esgotos fluviais”. Contudo, os bombeiros “só foram chamados ao local pelas 19h30”

O responsável pela Protecção Civil Municipal, José Luís Bucho, garante que o alerta só foi dado “depois da nafta já ter chegado ao rio”. Mesmo assim, não foi a empresa mas sim um pescador que casualmente deu pelo derrame “e alertou imediatamente a Administração dos Portos de Setúbal e Sesimbra (APSS) e a Polícia Marítima (PM)”. O comandante da PM, José Vasconcelos, confirmou ao “Setúbal na Rede” a situação. Para o responsável da protecção civil, o derrame “podia ter sido evitado se a empresa alertasse logo as autoridades”.

José Luís Bucho explica que “foi uma coisa simples”, um rompimento de um tubo que “podia ter sido rapidamente tamponado”. A cidade “tem todos os meios necessários para isso”, como um veículo de intervenção química. Além disso, estas empresas “têm sistemas de retenção que impedem o derrame durante, pelo menos, duas horas”. Os sistemas internos “evitavam o derrame até chegar o auxílio” dos bombeiros, da APSS e da Protecção Civil.

O acidente ocorreu na área da APSS, dentro do Parque Industrial da Sapec Bay. A APSS colocou, ontem, barreiras nas águas e os bombeiros “procederam à tamponagem do colector de esgotos”. O comandante Mário Macedo acrescenta que, durante esta manhã, uma empresa especializada “vai limpar o colector”. Os bombeiros estarão presentes para “dar apoio à acção”.

A Mota, Pereira e Machado produz betominoso e alcatrão, daí a utilização de nafta (fuel pesado). As autoridades ainda não sabem a quantidade derramada porque a empresa “não forneceu esses dados aos responsáveis pelas operações de socorro”, explica José Luís Bucho.

O comandante José Vasconcelos garante que o derrame “não vai ter um grande impacto ambiental”. Trata-se de uma situação “diminuta” e o local “está perfeitamente delimitado”. Segundo o comandante, as diligências necessárias “decorreram dentro da normalidade” e “respeitaram o Plano Mar Limpo”. seta-2421137