Mestre Maco patrocina o Desporto no “Setúbal na Rede”
Estátua no Bonfim homenageia Jacinto João
Jacinto João, falecido na passada sexta feira, irá ter uma estátua à entrada do estádio do Bonfim. Chumbita Nunes, presidente sadino, pretende assim “homenagear” aquele que foi o “expoente máximo”, não só do futebol setubalense, como também a nível nacional e internacional.
A direcção do Vitória pretende a criação de uma “réplica” do ex-jogador na “entrada principal” do estádio, e pede “desculpas” aos adeptos sadinos pela “demora” na decisão desta homenagem. Segundo Chumbita Nunes, Jacinto João merecia esta “homenagem em vida” e não depois de morto. O memorial será colocado no Estádio do Bonfim dentro de um ano, anunciou o presidente.
Jacinto João, mais conhecido por “JJ”, foi um dos responsáveis pelas “boas exibições” do Vitória de Setúbal de há trinta e um anos. Neste fim-de-semana a equipa dedicou a vitória diante do Guimarães a JJ, precisamente no jogo que volta a colocar a equipa sadina no primeiro lugar da SuperLiga, como não acontecia há “três décadas”.
Chumbita Nunes relembra aquela época como sendo de “ouro” para o Vitória. A equipa de há 31 anos contava com Jacinto João que, revela o presidente, era uma figura “humilde e simpática”.
Também Fernando Tomé se referiu à equipa sadina da época como sendo “brilhante”. O antigo jogador vitoriano relembra a forma como a equipa do Vitória “passeava a sua classe” nos relvados nacionais e internacionais, com o “inesquecível” JJ na frente.
O antigo jogador e colega de Jacinto João relembra-o como um “grande amigo” e como o “excelente profissional” que era. Fernando Tomé diz mesmo que JJ estava para o Vitória “como o Eusébio” estava para o Benfica.
Sob alçada de Fernando Vaz e José Maria Pedroto, o Vitória de Setúbal, da época 73/74, jogava para “embelezar” o futebol. Segundo Fernando Tomé, a equipa sadina tinha como “principal objectivo” agradar aos seus espectadores. Quem partilha da mesma opinião é Chumbita Nunes, ao dizer que o Vitória de Setúbal “pretendia representar” o futebol português a “nível internacional”, com “boas exibições”.
A equipa sadina fazia “toda a gente vibrar”. Chumbita Nunes revela que o Vitória “deslumbrava” por onde quer que passasse. A equipa fazia muitos “bons jogos” e fazia-se acompanhar de muitos adeptos devido às “boas exibições” que praticava.
Na época os objectivos da equipa passavam pelas “boas exibições”. Segundo Fernando Tomé não era obrigatório para o vitória jogar para ser campeão. O que a equipa sadina “pretendia” era apenas “jogar bem”.
Ao fim de trinta e um anos, o Vitória de Setúbal encontra-se em primeiro lugar, após oito jogos da SuperLiga. Hoje os objectivos “são outros”, e Chumbita Nunes não eleva a fasquia. O Vitória de Setúbal “deve jogar” para se “manter” na SuperLiga e só depois poderá “pensar noutros voos”.