[ Dia 02-11-2004 ] – Pinhalnovense soma mais um empate

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Pinhalnovense soma mais um empate

Depois de um passaporte carimbado para a 5ª eliminatória da Taça de Portugal, o Pinhalnovense deixou-se levar por mais um empate, desta vez a uma bola, frente à União Micaelense. “Um resultado que não traduz o que se passou no encontro”, refere Paco Fortes, fazendo as contas às oportunidades que foram criadas.

Sinal menos teve o Barreirense que se deslocou à Madeira para defrontar a Camacha, onde perdeu por 3-1, não conseguindo por isso a recuperação. No que se pode considerar um derby do distrito de Setúbal, o Vasco da Gama de Sines recebeu a formação de Rui Dias. O Amora venceu por uma bola a zero, num encontro onde se jogou bom futebol.

Pinhalnovense 1 – União Micaelense 1

Pinhalnovense: Rodrigues, Nuno Rolo (Pedro Alves 75´), Bruno Costa, Nuno Abreu, Toninho, Miguel, Cau, João Peixoto (Wellington 70´), Jurandir, Carlos Alberto (André 63´) e Pateiro

Treinador: Paco Fortes

Disciplina: Carlos Alberto 14´, Nuno Abreu 37´, Rodrigues 85´e Cau aos 90´

União Micaelense: Raul Pina, Rui Costa, Hugo Matos, Hugo Coelho, Duarte, Feiteira (Miguel 56´), Canigia (Tiago Silva 58´), Anki, Rui, Franklin e Dani ( João 90´)

Treinador: Isidro Duarte

Disciplina: Hugo Coelho 22´, Hugo Matos 34´, Dani 78´, Rui 90´, Miguel 91´, João 95´e Anki 95´

Golos:
0-1 – Rui 20´
1-1 – Toninho 41´

O Pinhalnovense continua a perder pontos com sucessivos empates. No último fim-de-semana a formação de Pinhal Novo arrecadou o terceiro empate consecutivo, desta vez diante a União Micaelense.

Ainda com cheirinho a festa, depois da vitória por 2-0 frente à equipa da Estrela da Calheta e da passagem à 5ª eliminatória da Taça de Portugal, o Pinhalnovense parecia entrar com o pé direito na partida.

Diante de uma equipa que se encontra dois lugares abaixo do Pinhalnovense, a formação da casa conseguiu manter, durante os primeiros minutos, alguma estabilidade no seu meio campo, conseguindo tapar bem a zona defensiva.

“Com algumas oportunidades perdidas e as consecutivas falhas na concretização”, o Pinhalnovense teve, logo no minuto dez, a oportunidade de inaugurar o marcador através de um lance perigoso de Jurandir.

“Contra a corrente do jogo”, foi mesmo a equipa visitante que ficou em vantagem, depois de um lance muito perigoso, protagonizado por Canigia e Anki. Uma jogada que resultou num livre apontado por Rui, em que o guarda-redes Rodrigues não teve qualquer hipótese de conseguir defender a bola.

A partir do minuto vinte e em desvantagem, Paco Fortes impôs algumas alterações na frente de ataque e na zona central do terreno. Os defesas conseguiram manter uma “muralha” diante a baliza de Rodrigues e os centrais surgiram mais nos flancos. Uma estratégia da qual resultaram algumas situações de perigo, com roubos de bola, e tentativas de contra-ataque.

“Com algumas dificuldades” para tentar restabelecer pelo menos a igualdade, o Pinhalnovense cometeu “alguns erros, sobretudo na concretização”, mas tal como referiu Paco Fortes, conseguiu “ser forte e não desistir”.

O técnico da equipa da casa sublinhou ainda que “não é fácil jogar diante a uma equipa que pressiona muito na defesa e que abre com facilidade para a frente de ataque”.

Desde o início do encontro que a formação da União Micaelense tentou impor o seu futebol no campo Santos Jorge, e por alguns minutos conseguiu alguma vantagem no terreno, conseguindo por diversas ocasiões dar a volta aos homens de azul e branco.

Por seu lado, a partir da meia hora de jogo o Pinhalnovense começou a pressionar com mais intensidade, fechando alguns buracos que antes estavam em aberto e que por vezes deram azo a jogadas perigosas.

E por falar em perigo, quase nos minutos finais foi mesmo o Pinhalnovense que tomou conta do jogo. Com alguns lances muito perigosos, os homens da casa conseguiram por diversas vezes trocar as voltas aos adversários e chegar à baliza do Micalense, faltando mesmo a concretização.

E foi através de um lance perigoso que o Pinhalnovense chegou ao golo e conseguiu o empate. O trio Jurandir, Pateiro e João Peixoto avançou para contra-ataque com trocas de bola rápidas, que não deram quaisquer hipóteses à defesa adversária. Depois de remates, falhas e defesas por parte do guarda-redes Raul Pina, é o capitão Toninho que vem da retaguarda e num lance de ressalte quase que ‘fuzila’ o guarda-redes adversário.

No segundo tempo, a história do jogo resume-se às inúmeras tentativas que as equipas fizeram para conseguir a vantagem no marcador. Pinhalnovense e União Micaelense uniram esforços no sentido de proporcionar um bom jogo de futebol. No entanto, e colocando de lado os lances que fizeram o público vibrar, há ainda a contabilizar os onze cartões amarelos da partida.

Apesar do empate, “o Pinhalnovense conseguiu ser superior e mais uma vez trabalhar para tentar chegar ao segundo tento”. As “falhas na concretização” voltaram a estar em evidência, uma questão que Paco Fortes quer “continuar a trabalhar”, porque considera que “as oportunidades são muitas e se fossem bem aproveitadas os resultados seriam diferentes”. “Trabalhar a finalização, estar de cabeça fria e sem pressões psicológicas e trabalhar sem medos” são, para já, os objectivos do treinador do Pinhalnovense.

Camacha 3 – Barreirense 1

O Barreirense perdeu este fim-de-semana na ilha da Madeira, frente à Camacha. Uma derrota por 3 bolas a 1, que fica marcada pela perda de pontos da formação do Barreiro, que assim está mais longe da liderança. Uma quebra que, segundo o técnico do Barreirense, Dauto Faquirá, “mais tarde ou mais cedo poderia ser notória, devido ao trabalho que a equipa tem feito”.

Se umas vezes os homens da Margem Sul do Tejo conseguiram dar a volta ao texto, e trocar as voltas aos madeirenses, Dauto Faquirá lembra que noutras ocasiões, “nem sempre foi possível combater a defesa apertada da Camacha”.

O técnico do Barreiro considera que apesar de tudo, “a equipa esteve bem e dominou na segunda parte, mas não conseguiu criar situações de perigo, nem dar a volta ao volume ofensivo adversário”.

Vasco da Gama 0 – Amora 1

Este foi mais um encontro entre equipas da Margem Sul do Tejo que resultou na vitória do Amora por 1 bola a 0. Um encontro em que se praticou bom futebol e onde o Vasco da Gama de Sines apresentou um jogo mais elaborado e estudado. O Amora desde cedo se manteve firme no meio campo e no sector defensivo, zona onde os homens de Sines tentaram entrar por várias vezes.

Rui Dias considera que “o segredo esteve em aproveitar as poucas oportunidades que a equipa teve, não desperdiçando os lances perigosos”. O técnico amorense salientou o lance do golo, que “surgiu duma jogada estudada”. De acordo com Rui Dias, “o trabalho tem sido intensivo e de dia para dia notam-se alterações no plantel e nas estratégias de jogo”.

Por outro lado, o Vasco da Gama anotou mais uma derrota. O técnico Francisco Fernandes voltou a referir o “factor azar”. A falta de sorte parece continuar ao lado os homens de Sines, que ainda não conseguiram vencer um jogo.

Francisco Fernandes lembra que “a equipa é jovem” e, jornada após jornada, os seus pupilos “mostram vontade de fazer mais e melhor”. “Continuar a trabalhar e tentar dar a volta ao azar, aproveitando as situações que são criadas” é o lema do Vasco da Gama para os próximos encontros. seta-9288108