PSD distrital garante que
há mais investimento para além do PIDDAC
O presidente da Comissão Política Distrital do PSD, Luís Rodrigues, garante que o Estado “vai promover mais investimentos” do que aqueles que estão no PIDDAC do distrito para 2005. Por exemplo, a verba para o Convento de Jesus está disponibilizada na direcção-regional de Lisboa do Instituto Português do Património Arquitectónico (IPPAR) e “corresponde a um milhão de euros”. Luís Rodrigues considera que o plano “é muito equilibrado” porque “53,3% do seu conteúdo são obras comunitárias”.
Muitas obras do distrito “estão concentradas nos orçamentos das Comissões de Desenvolvimento Regional” (CCDR’s). Há muitos projectos que foram contemplados com verba, mas “não estão descriminados nos concelhos”. Este é o caso “dos hospitais S.A do distrito”. O Hospital de São Bernardo usufrui de 18,8 milhões de euros para remodelações e o do Barreiro tem a unidade de radioterapia “garantida”. Cerca de 11 milhões de euros vão ser injectados no Centro de Apoio à Criança e na Unidade de Psiquiatria do Hospital Garcia de Orta.
“Há mais investimento do Governo para além do PIDDAC”, pois a forma como a verba está distribuída “impulsiona a iniciativa privada”. Por exemplo, o novo carro a ser construído na Autoeuropa e os projectos da Siderurgia Nacional de Longos, da Lusosider e da Companhia Nacional Siderúrgica (CNS) só são possíveis “porque o Governo criou as condições para isso”. Este PIDDAC também concentra muitas obras “estruturantes” como o IP8, o Metro do Sul do Tejo (MST), a ligação Praias do Sado-Mitrena e o Serviço de Radiologia do Outão.
Luís Rodrigues garante que o novo ciclo de investimento no distrito “está a ser planeado”. “É quase certo que o TGV passará pela região” e “o projecto da terceira travessia do Tejo está a ter desenvolvimentos grandes”. O presidente salienta que algumas obras estruturantes foram concluídas este ano, como “a ligação ferroviária a Lisboa e ao Algarve, e o Hospital do Litoral Alentejano”. Só estes trabalhos totalizaram 120 milhões de euros. Por isso, “é natural” que, em 2005, “os valores atribuídos ao distrito sejam mais baixos”.
PSD responde a críticas dos autarcas
A presidente da Câmara de Almada, Maria Emília Sousa, acusou o Governo de não investir nas escolas do concelho. O deputado social-democrata, Pedro Roque Oliveira, contra-argumenta que a autarquia de Almada ainda “não conseguiu elencar as suas prioridades” e que o executivo não pode fazer todas as obras que aquele município pretende. Se assim fosse “o Orçamento Geral do Estado não chegava”, afirma irónico.
O deputado Luís Rodrigues acrescenta que há um investimento que não está em PIDDAC mas que mostra “uma grande aposta na educação superior”. A ministra da Ciência e do Ensino Superior já confirmou que o Monte da Caparica vai receber um pólo da Faculdade de Ciências Médicas. A licenciatura em Medicina e a colaboração estreita com o Hospital Garcia de Orta “garante o desenvolvimento do concelho de Almada”.
Luís Rodrigues responde também às críticas de Vítor Proença sobre o facto do estado só contemplar em PIDDAC projectos governamentais. Segundo o deputado, “há orçamentos próprios para as obras municipais”. O PSD não é sensível aos protestos da autarca de Palmela, Ana Teresa Vicente, face aos 170 mil euros que lhe foram destinados em PIDDAC. Em 2004, o concelho recebeu quatro novas estações ferroviárias da ligação entre Setúbal e Lisboa e isso “é o melhor que se pode oferecer a uma autarquia”.
Os deputados frisaram que a única obra que pediram ao Ministério da Justiça “foi justamente para Palmela”. A comissão distrital do PSD também “não está satisfeita” com a verba atribuída porque reconhecem que o Tribunal Judicial “é prioritário”. Na área da Educação, a Escola do Poceirão vai finalmente ser construída. Apesar de Ana Teresa Vicente “ter acusado o PSD de não se preocupar com a situação das crianças do Poceirão”, a escola “está em PIDDAC”.