Governo apoia combate à exclusão social, em Setúbal
O Programa “Escolhas” vai apoiar 14 projectos de combate à exclusão social, no distrito. O secretário de Estado adjunto do ministro da Presidência, Barreiras Duarte, veio a Setúbal, esta manhã, para assinar os protocolos de cooperação. Durante a cerimónia, explicou que o programa “abandona a carga estigmatizante da prevenção da criminalidade juvenil”. O “Escolhas” “passa a apostar na inclusão social” e “na redução do peso da Administração Central na gestão do programa”.
Barreiras Duarte assegura que 84% da verba total “vai mesmo para a implementação do projecto” e “não para gastos com a estrutura”. Por isso, pode-se falar “numa redução do peso da Administração Central”. “Nenhum Governo responsável resolve sozinho os problemas da exclusão”, refere o secretário de Estado. As associações e instituições que compõe os consórcios dos projectos “são mais conhecedoras da realidade social”.
Dos 25 projectos para a região Sul e Ilhas, 14 são para o distrito de Setúbal o que totaliza uma verba de mais de 1,8 milhões de euros. O projecto “Tá-se” do Bairro da Fonte da Prata, na Moita, o “Conversul” no Seixal e o Centro Lúdico e Pedagógico das Manteigadas são alguns exemplos do distrito. Alguns projectos dos concelhos de Sesimbra e de Almada também foram contemplados. Todos apostam na promoção da inclusão e justiça social e todos vão criar centros de inclusão digital.
O secretário de Estado adianta que o Governo “teve dificuldade” em arranjar os 14 milhões de euros totais e admite que “muitos projectos com qualidade ficaram para trás”. O coordenador nacional do programa, António Vaz Pinto, explica que houve uma concorrência “extraordinária”, pois 520 consórcios apresentaram projectos. Isto demonstra que o país “está vivo” e que “há muita gente no terreno preocupada com o seu semelhante”. O Governo só disponibilizou verbas para 87 projectos.
O “Escolhas”, alargado em Maio a todo o território nacional, consiste na integração de crianças e jovens provenientes dos contextos sócio-económicos mais desfavorecidos. Segundo António Vaz Pinto, “o “Escolhas” teve a morte anunciada mas ressuscitou”. A prioridade do Governo “vai para os filhos dos imigrantes”, mas a inclusão digital “também é impulsionada”. “É importante que todos os jovens falem a linguagem do futuro”, refere o coordenador, “para combater a info-exclusão”.
Barreiras Duarte garante que o Executivo está a estudar a possibilidade de, em 2005, “aumentar o orçamento do programa”. O secretário de Estado assegura que o “Escolhas” se mantém, no mínimo, até 2006.