[ Dia 15-11-2004 ] – Vitória incontestável mantém sadinos no topo

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Vitória incontestável mantém sadinos no topo

O Vitória de Setúbal continua no grupo da frente da SuperLiga, depois de derrotar, no seu estádio, a equipa do Nacional. Os sadinos venceram os insulares por uma bola a zero e, segundo José Couceiro, a vitória é “incontestável”, embora o jogo tenha sido “difícil e complicado”. O técnico do Nacional, Casemiro Mior, revela que “não” reconhece a equipa do Nacional, que ainda “não venceu qualquer jogo fora da choupana”.

Local: Estádio do Bonfim, Setúbal
Árbitro:
Hernâni Duarte

Vitória F. C.: Marco Tábuas; Ricardo Chaves; Éder; Hugo Alcântara; Sandro; Manuel José (Bruno Ribeiro, 86’); Jorginho; Zé Rui (Bruno Moraes, 65’); Nandinho; Meyong (Igor, 75’); Veríssimo

Treinador: José Couceiro

Disciplina: amarelo aos 45 minutos para Zé Rui, aos 70 para Sandro e aos 94 para Bruno Moraes

Nacional: Hilário; Fernando Cardozo; Avalos; Rondinelli; Cleber (Emerson, 78’); Marcelo (Gouveia, 55’); Alexandre Goulart; Adriano; Miguel Fidalgo; Bruno Patacas; Bruno
Treinador:
Casemiro Mior

Disciplina: amarelo aos 30 minutos para Avalos

Golos:
1-0 –
Igor (75’)

Casemiro Mior revelou que a equipa do Nacional “nunca conseguiu controlar” por completo “os lances” do encontro e facialmente se descontrolava, o que colocava o Vitória de Setúbal muito mais bem colocado para vencer. O técnico diz mesmo que no lance do golo, aparentemente “controlado”, a equipa se “descontrolou” e o Vitória aproveitou.

O treinador sadino está “satisfeito com o resultado”, e ainda mais com a “atitude e desempenho” dos jogadores do Vitória. Couceiro salienta que com os “três pontos ganhos” frente ao Nacional a equipa obteve “metade dos pontos” que tem como objectivo alcançar.

Frente ao Nacional da Madeira a equipa do Vitória esperava redimir-se do mau resultado da jornada anterior. José Couceiro já “esperava esta reacção dos jogadores” sadinos depois do “resultado excessivo frente ao Benfica”.

No Bonfim, num final de tarde com muito público, o Vitória começou melhor que o seu adversário. No primeiro quarto de hora a equipa sadina podia ter marcado dois golos, primeiro por Meyong, numa tarde muito fraca, e depois com um forte remate de Éder a embater com enorme estrondo no poste da baliza de Hilário.

O Vitória criava algumas situações de perigo junto da baliza de Hilário e circulava muito bem a bola pelas alas. No entanto a equipa sadina ficava-se pelas ameaças a Hilário, enquanto que toda a equipa do Nacional defendia atrás da linha da bola.

A equipa insular limitava-se a defender, como podia, as investidas do ataque sadino, que estava numa tarde muito má. Meyong e Jorginho, quem sabe a pensar em voos mais altos, desperdiçavam oportunidades atrás de oportunidades.

Sobre a meia hora de jogo, Hilário, num pontapé de baliza mal efectuado, coloca a bola nos pés de Meyong que num bom passe consegue desmarcar Jorginho. Sozinho, frente ao guarda-redes insular, o brasileiro falha clamorosamente aquele que podia ser o primeiro golo do encontro.

A primeira parte, fraca, terminava com o jogo a ser jogado apenas num sentido, para a baliza de Hilário. O Vitória explorava o seu contra ataque numa circulação de bola muito previsível que possibilitava à equipa do Nacional cortar todos os lances, numa clara estratégia de contenção.

Para a segunda parte a equipa sadina entrou com “maior velocidade” à procura da vitória. José Couceiro considerou que a equipa “entrou para a segunda parte como havia saído da primeira”, mas com maior velocidade.

O Jogo continuava a ter apenas um sentido, e o Vitória, pelos pés de Meyong, muito perdulário, continuava a desperdiçar oportunidades atrás de oportunidades. Apesar das claras oportunidades de golo alcançadas, a equipa sadina desperdiçava muito e num intervalo de 10 minutos José Couceiro, revela vontade de ganhar o jogo ao fazer entrar Bruno Moraes e Igor.

O Nacional continuava sem criar oportunidades de golo e só de bola parada rematava para defesas, fáceis, de Marco Tábuas. À entrada do último quarto de hora de jogo as substituições de Couceiro surtiram efeito e, num lance de distracção da defesa insular, Bruno Moraes escapa pelo lado esquerdo. Num bom cruzamento colocou a bola ao dispor de Igor que num belo golo de primeira inaugurou o marcador. A partir do golo sadino o jogo não teve mais oportunidades de golo.

O Vitória de Setúbal acabou por conseguir, através da boa leitura de jogo do seu treinador, furar a barreira defensiva da equipa do Nacional que foi ao Bonfim jogar numa estratégia de contenção.

No final do jogo, Couceiro dirigiu-se aos adeptos sadinos para “não assobiarem” a equipa ou qualquer jogador em particular por um mau lance. O treinador sadino considera os jogos no Bonfim mais difíceis, pela “exigência” do público, e garante que o Vitória ainda “vai ter jogos muito difíceis” e “precisa do apoio dos adeptos”. seta-2684659