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Vitória perde a possibilidade de atingir a liderança
O Vitória de Setúbal somou a terceira derrota na SuperLiga numa deslocação ao norte. Em Barcelos a equipa do Gil Vicente, desesperadamente à procura de pontos, venceu os sadinos por duas bolas a uma. Ulisses Morais, treinador do Gil, considera que os três pontos ganhos frente ao Vitória deixa os gilistas a “olhar para um futuro com maior confiança”. José Couceiro revelava-se agastado com a arbitragem que, segundo o técnico, “prejudicou” os sadinos.
Local: Estádio Cidade de Barcelos, Barcelos
Árbitro: Elmano Santos
Vitória F. C.: Marco Tábuas; Ricardo Chaves; Èder (Bruno Moraes, 65’); Hugo Alcântara; Sandro; Manuel José; Jorginho; Zé Rui (Pedro Oliveira, 57’); Nandinho; Meyong (Igor, 70’); Veríssimo
Treinador: José Couceiro
Disciplina: não houve mostragem de cartões
Gil Vicente: Paulo Jorge; Roversio; Jorge Ribeiro (Tonanha, 83’); Bruno Tiago; Júlio César (Paulo Alves, 72’); Nandinho (Paulo Costa, 91’); Braima; Nuno Amaro; Marcos António; Luís Conetrão; Casquilha
Treinador: João Carlos Pereiraamarelo aos 94 minutos para Bruno Tiago e Braima
Golos:
1-0 – Nandinho (18’)
1-1 – Manuel José (49’)
2-1 – Nandinho (59’)
Frente ao Gil Vicente o Vitória de Setúbal conheceu, pela terceira vez esta época, o sabor da derrota. A equipa da casa estava no último posto da SuperLiga e recebia o Vitória sem nada a perder. O treinador vitoriano, José Couceiro, considerou o “resultado injusto a vários níveis”. O técnico salientou a “qualidade de jogo dos sadinos” e teceu críticas à arbitragem.
Segundo Couceiro, o Vitória “perdeu injustamente” porque “não foi inferior” ao Gil Vicente e porque “marcou dois golos legais”, um dos quais anulado, e o “segundo golo do Gil Vicente foi irregular”.
Ulisses Morais considera que não ganhou a “uma equipa qualquer” mas sim a uma “equipa com qualidade e que não tem 20 pontos por mero acaso”. Também Couceiro acabou por elogiar os gilistas referindo que a equipa de Barcelos “não merece estar na posição em que está”.
No novo Estádio Cidade de Barcelos o Vitória de Setúbal até entrou melhor no jogo do que o Gil Vicente, mas rapidamente os gilistas atenuaram os ataques sadinos e tomaram o controlo do jogo. A partir do primeiro quarto de hora apenas o Gil Vicente criava perigo e o Vitória limitava-se a defender. Aos 18 minutos, Luís Coentrão desmarca muito bem Nandinho que, sem dificuldade, inaugura o marcador.
O Gil Vicente acabava por marcar num período em que estava soberanamente superior ao Vitória de Setúbal e justificava essa vantagem. Até terminar a primeira parte só o Gil Vicente criava perigo e podia mesmo ter marcado o segundo golo antes do intervalo. A primeira parte acabou com os gilistas a empurrar os sadinos para o seu meio campo, impossibilitados de avançar no terreno.
Para a segunda parte não houve alterações nas duas equipas e o Vitória de Setúbal entrou com mais vontade de igualar o encontro. Aos 5 minutos da segunda parte, Manuel José, num livre directo à entrada da área, faz um grande golo para o Vitória de Setúbal. Paulo Jorge orientou mal a barreira que, mal colocada, deixou a bola passar por cima, não dando hipóteses ao guarda-redes.
O Gil Vicente sofreu o golo do empate mas nem por isso baixou os braços e, apenas com 10 minutos de intervalo Nandinho volta a marcar para os gilistas. Numa jogada de muita insistência o ataque do Gil Vicente criou uma situação muito confusa na área vitoriana que, apática, não conseguiu tirar a bola dali para fora.
Nandinho, pela segunda vez, consegue bater Marco Tábuas, que estava no chão, num bom remate de fora da área. José Couceiro considera que houve falta sobre o guarda-redes vitoriano ao referir que “é um erro grave” quando um jogador está “em cima do guarda-redes”, não o deixa jogar e acaba por “beneficiar dessa posição”.
Depois do golo os gilistas continuaram a mandar no jogo e por pouco não chegaram ao terceiro. No entanto, sobre o último quarto de hora de jogo, foi o Vitória que chegou ao segundo golo pelo recém entrado Igor. O árbitro anulou o golo do sadino por pretenso fora de jogo.
O jogo terminou como tinha começado, muito repartido entre as duas equipas. Nandinho, jogador do Gil Vicente, foi o homem do jogo, ao marcar dois golos ao Vitória. O veterano gilista considera que “é bom marcar dois golos”, mas que o “mais importante é o que eles valem”, que neste caso foi a vitória. Para o jogador, o facto de o Gil ter ganho ao Vitória deixou a equipa “mais satisfeita”, porque o Vitória tem-se revelado “uma grande equipa” sobre a qual “não é fácil ganhar”.