[ Dia 30-11-2004 ] – PS exige construção de ETAR em Cercal do Alentejo

0
Rate this post

PS exige construção de ETAR em Cercal do Alentejo

O Partido Socialista (PS) de Santiago do Cacém exige a construção de uma nova ETAR em Cercal do Alentejo. De acordo com o presidente da comissão concelhia e vereador do PS na Câmara Municipal, Cascão da Silva, a actual infra-estrutura “não oferece as melhores condições”. “Os influentes descarregados trazem muita poluição, nomeadamente para a barragem”, refere. Esta situação “afecta as pessoas que moram nas proximidades”, que “sofrem com os maus cheiros”.

Está previsto um fundo de coesão para a ETAR, mas, segundo Cascão da Silva, “já passaram dois anos e ainda não foi aprovado pelo Ministério do Ambiente”. A qualidade da água da Aldeia do Cano e da Silveira “não é a melhor” e, perante esta situação, “é preciso que a Câmara Municipal continue a exercer uma maior pressão”.

O presidente da Junta de Freguesia do Cercal do Alentejo, António Albino, afirma que “o problema é que todas as ETAR’s previstas para o concelho ainda esperam aprovação”, por parte do Governo. Isto porque, “a câmara não consegue suportar os custos de um projecto desta dimensão”. Cercal do Alentejo, Alvalade e Ermidas do Sado são “três candidaturas que esperam uma resolução”.

Mas o PS aponta ainda outros “graves problemas” existentes em Cercal do Alentejo. Cascão da Silva lamenta “não existir uma zona industrial naquela freguesia do concelho de Santiago do Cacém”. Existem “muitas promessas do executivo camarário”, mas “não há obra feita”. A freguesia é “penalizada, pois a prioridade da câmara é a distribuição de lotes”, explica Cascão da Silva. Já António Albino refere que o projecto para construir uma zona industrial “já foi entregue na câmara e já tem aprovação orçamental para 2005, com cerca de 500 mil euros”.

O terceiro problema parece ter uma “solução mais demorada” e, por isso, é preciso “uma pressão maior junto do Governo”, refere Cascão da Silva. O largo dos Calheiros é atravessado por camiões-tanques com substâncias perigosas, e isso é uma “catástrofe terrível”. A solução passaria por “construir uma semi-circular no Cercal que permita desviar o trânsito do centro da sede de freguesia”.

António Albino garante que a questão da variante é “falada há muitos anos”. Há uma “preocupação da câmara e da junta para que os camiões não passem lá” e o município “já desenvolveu esforços” e “tentou falar com o Instituto de Estradas de Portugal (IEP)”. Porém, “não se prevê que a situação se resolva no próximo ano”, sublinha. O autarca salienta que esta obra é “urgente” e “não está esquecida pelas autarquias locais”.

Em conversação com várias associações de pais, escuteiros, entre outras entidades, Cascão da Silva constatou que “existem problemas na Escola Primária número 2”, que se vão tentar resolver. Nesta escola, “os maciços de ficção dos baloiços e as balizas estão desviados”, e “não há protecção, como, por exemplo, redes para salvaguardar as crianças”, o que se revela um “perigo para a sua segurança”. Relativamente à Casa do Povo, “o espaço é insuficiente”, e “o projecto de expansão da mesma ainda não foi aprovado”, garante cascão da Silva.

Outra questão importante diz respeito à “alteração de 400% do preço da água nas escolas”. “Agora, as escolas são taxadas como repartição de finanças e não como Instituição de Comunidade Pública”, refere Cascão da Silva. Um exemplo desta situação é a Escola Básica 2/3 do Cercal que “não tem orçamento, nem foi avisada sequer desta alteração dos 400% do aumento da água”. seta-3480920