Grupo para as Deficiências faz
balanço positivo do trabalho de parcerias
A vereadora da Inclusão Social da Câmara de Setúbal, Maria das Dores Meira, apela à “participação de todos na construção de um presente e futuro melhor” para as pessoas com deficiência. Este é o grande objectivo do Grupo Concelhio para as Deficiências (GCPD), criado no ano passado, que “aposta no trabalho de parcerias entre várias entidades”, de forma a “responder às necessidades sentidas na área das deficiência em Setúbal”.
O GCPD apresentou, na passada sexta feira, o trabalho desenvolvido em cerca de ano e meio de existência. O gupo nasceu de um desafio lançado pela Câmara Municipal de Setúbal, no âmbito do Ano Europeu das Pessoas com Deficiência, em 2003. Durante o ano passado, a autarquia “trabalhou com as entidades, instituições e associações do ceoncelho com intervenção nesta área”. Para que o trabalho não se esgotasse ali, a câmara apelou “à colaboração, conhecimento e experiência desses serviços” para a “realização conjunta de actividades, sobretudo dirigidas à população com deficiência e suas famílias”.
O desafio foi aceite por diversas associações e instituições com intervenção na área das deficiências que, em conjunto com a autarquia, têm vindo a desenvolver iniciativas que “contribuem para a sensibilização, reflexão e esclarecimento em relação às deficiências”. Maria das Dores Meira mostra-se “satisfeita” com o trabalho desenvolvido até ao momento, embora reconheça que “há ainda muito por fazer nesta área”. No entanto, está convicta de que “este processo de parcerias é o melhor caminho a seguir”.
A autarca revela que um dos grandes objectivos a atingir com o trabalho do GCPD é ”apelar à participação das pessoas com deficiência”, através da “criação de momentos específicos ou incentivar a sua participação nos que já existem”. As diversas instituições representadas no GCPD devem também “partilhar os planos de actividades” e “promover actividades conjuntas”, sejam desportivas, recreativas, culturais ou de reflexão e esclarecimento.
O trabalho do grupo será ainda orientado no sentido de participar em eventos do concelho, promovidos pela autarquia ou pelas instituições e associações, como é o caso da Feira de Sant’Iago. O GCPD prente ainda “participar em fóruns e grupos de parcerias já existentes”, como o Conselho Local de Acção Social ou o Conselho Municipal de Educação. Outros objectivos consistem na realização de encontros temáticos para reflexão e troca de experiências, campanhas de informação e sensibilização e “apoiar a criação e o desenvolvimento de associações de pessoas com deficiência”.
A Associação Portuguesa de Pais e Amigos do Cidadão Deficiente Mental (APPACDM) é uma das intervenientes no GCPD. O presidente José Salazar manifesta a vontade da associação “continuar a trabalhar neste grupo”. O responsável não tem dúvidas que “para existir uma sociedade mais justa, fraterna e solidária” é necessário que “as pessoas com questões em comum participem em conjunto na sua construção”.
José Salzar recorda “o caminho longo de ano e meio com reuniões e debates” que “não se pode dizer que tenham contribuido para a resolução de problemas concretos das instituições”. As questões que se colocam a este grupo “são diferentes” e “não tem resolução rápida”. Porém, o responsável da APPACDM está convicto de que com a continuação do trabalho do GCPD “vai ser possível resolver muitos problemas na área das deficiências do concelho”.