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Vitória justa coloca sadinos mais perto da manutenção
Frente ao Marítimo o Vitória de Setúbal regressou às vitória após duas derrotas consecutivas. O técnico sadino, José Couceiro, surpreendeu ao jogar de início com Bruno Ribeiro e Bruno Moraes, em detrimento das saídas dos habituais Meyong e Zé Rui. Couceiro considerou que “venceu uma excelente equipa”, que “ganhou um ponto à linha de água” e salienta que “já só faltam cinco” vitórias para a “permanência na SuperLiga”.
Local: Estádio do Bonfim, Setúbal
Árbitro: Jorge Sousa
Vitória F. C.:
Marco Tábuas; Éder, Veríssimo; Hugo Alcântara; Nandinho; Sandro; Ricardo Chaves; Manuel José (Pedro Oliveira, 79’), Jorginho; Bruno Ribeiro (José Rui, 90’); Bruno Moraes (Igor, 67’).
Treinador: José Couceiro
Disciplina: amarelo aos 79 minutos para Veríssimo e aos 80 para Bruno Ribeiro
Marítimo: Marcos; Luís Filipe; Tonel; Van der Gaag; Eusébio; Wénio (Paulinho, 52’), Leo Lima; Chainho; Alan; Pena (Ronaldo, 58’); Manduca.
Treinador: Mariano Barreto
Disciplina: amarelo aos 32 para Van der Gaag, aos 40 para Luís Filipe e aos 89 para Tonel; cartão vermelho directo para Leo Lima
Golos:
1-0 –
Eusébio – p.b (14’)
2-0 – Hugo Alcântara (49’) Mariano Barreto, técnico insular, demonstrava-se conformado com a derrota diante dos setubalenses. Para o técnico o Marítimo fez “15 minutos muito bons”, no começo, em que “perdeu uma ocasião óbvia” e depois acabou por “sofrer um auto-golo”. A partir do golo sofrido alguns jogadores “acusaram imenso”, e foram muito abaixo. No entanto, e apesar da derrota, o técnico estava “satisfeito com o desempenho dos jogadores”, e acabou por considerar o triunfo sadino “justo”.
Com o triunfo alcançado sobre os maritimistas o Vitória de Setúbal não só se distanciou dos insulares, que vinham jogar ao Bonfim em igualdade pontual, como ascendeu, temporariamente ao quarto lugar. O marítimo jogava em Setúbal o desejo de vencer, como tal não acontecia há mais de um mês. Por seu lado, os setubalenses já não venciam desde o jogo em casa com o Nacional.
No Bonfim até começou melhor a equipa insular que, depois de um mau atraso do defesa vitoriano Ricardo Chaves, podia ter marcado o primeiro golo do encontro não fosse a boa atenção do guardião Marco Tábuas.
Passado o perigo o Marítimo não criou mais situações embaraçosas para a defesa sadina. A equipa vitoriana criava muitas situações de perigo aos insulares e à passagem do primeiro quarto de hora inaugurou o marcador através de um auto-golo do maritimista Eusébio. Numa bela jogada de insistência do lado esquerdo do ataque sadino, Bruno Ribeiro cruzou a bola à entrada na área e, no meio da confusão, a bola tabelou em Eusébio e entrou na baliza.
O Vitória estava a jogar melhor e justificava claramente a vantagem. Por outro lado, a equipa visitante jogava mal, perdia muitas bolas e errava muitos passes. A equipa sadina criava algumas situações de perigo enquanto que o Marítimo se limitava a defender, timidamente, as investidas atacantes dos sadinos.
À entrada dos últimos cinco minutos da primeira parte o Vitória podia ter dilatado a vantagem, depois de mais uma boa jogada do ataque setubalense. Já sobre os 45 minutos do primeiro tempo, o Marítimo podia ter empatado o jogo, após um bom remate de Manduca à malha lateral. Depois da tentativa, falhada, de Manduca de empatar o jogo, o árbitro Jorge Sousa mandou todos para o intervalo.
Para a segunda parte os treinadores não fizeram quaisquer alterações e foi o Marítimo que entrou mais determinado. Os insulares entraram melhor no segundo tempo e podiam mesmo ter empatado o jogo nos primeiros instantes do reatamento da partida.
No entanto, e contra a corrente inicial da segunda parte, o Vitória de Setúbal fez o segundo golo, na primeira vez que foi à baliza. Aos 5 minutos da segunda parte Hugo Alcântara aparece livre de marcação dentro da área e remata de cabeça para o segundo golo sadino, a passe de Manuel José, na conversão de um livre directo. O defesa sadino referiu que “finalmente” fez o golo.
A perder por dois golos, Mariano Barreto, procurou intensificar o ataque insular. O técnico do Marítimo fez entrar Paulinho e Ronaldo com o objectivo de solidificar a equipa e criar mais situações de perigo junto da baliza de Marco Tábuas. O Vitória limitava-se a gerir a partida enquanto que o Marítimo procurava o golo que fizesse tremer a equipa sadina.
À entrada dos últimos 20 minutos o jogo ficou mais complicado para o Marítimo que ficou reduzido a dez elementos por expulsão de Leo Lima, que viu o cartão vermelho directo após pontapear Veríssimo. A partir deste momento e a jogar com menos, a equipa insular até começou a criar mais situações embaraçosas para o Vitória.
A equipa sadina, já a pensar nos três pontos entrou numa sucessão inacreditável de erros, principalmente defensivos. Os comandados de José Couceiro estavam de cabeça perdida e já pensavam, antecipadamente, na conquista da vitória. Os últimos cinco minutos da equipa de Setúbal foram lastimosos, com o Marítimo a submeter os sadinos a errar.
Quase sobre os 90 minutos regulamentares, Marco Tábuas, num erro incrível, quase proporcionava a Paulinho o golo maritimista. O desejo de conquistar o triunfo quase pôs em causa o resultado, justo, por tudo o que a equipa vitoriana fez na primeira parte. Pouco depois terminava o jogo, com o Vitória a regressar aos triunfos dois jogos depois.
José Couceiro considerou que “na parte final do jogo não havia necessidade para tanto sofrimento”. O treinador dos sadinos refere que “esperava ter 20 pontos no final da primeira volta”, mas já “conta com 23”. A equipa setubalense está agora a cinco jogos de alcançar o objectivo de se manter na SuperLiga.