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Tradição mantém-se e Vitória perde em Vila do Conde
O Vitória de Setúbal somou a quinta derrota na SuperLiga ao perder por uma bola a zero diante do Rio Ave, no estádio dos Arcos. José Couceiro considerou a “derrota injusta” mas acabou por dar os “parabéns” à equipa vilacondense. Carlos Brito, técnico do Rio Ave revelou que “talvez o empate não ficasse mal de todo”, mas que o Rio Ave “fez mais por merecer vencer” o jogo.
Local: Estádio dos Arcos, Vila do Conde
Árbitro: Olegário Benquerença
Vitória F. C.: Marco Tábuas; Éder, Veríssimo; Hugo Alcântara; Nandinho; Sandro; Ricardo Chaves; Manuel José (Zé Rui, 68’), Jorginho; Bruno Ribeiro (Meyong, 68’); Bruno Moraes (Igor, 81’)
Treinador: José Couceiro
Disciplina: amarelo para Bruno Ribeiro aos 56 minutos
Rio Ave FC: Mora; José Gomes; Franco; Idalécio; Miguelito; Delson; Mozer; Niquinha; Evandro (Jacques, 73’); Paulo César (Gaúcho, 77’); Gama (Saulo, 87’)
Treinador: Carlos Brito
Disciplina: amarelo aos 49 minutos para Evandro, aos 63 para Miguelito e aos 92 para Mozer
Golos:
1-0 – Gama (2’)
No Estádio dos Arcos entraram em campo duas equipas que têm vindo a realizar um bom campeonato, embora o Vitória de Setúbal se tenha apresentado em Vila do Conde com mais seis pontos do que os anfitriões.
A vantagem sadina sobre o Rio Ave foi reduzida num jogo em que o Vitória de Setúbal esteve um pouco longe daquela equipa de início de campeonato. O Rio Ave “beneficiou de um erro defensivo” do Vitória “e ganhou o jogo”. Segundo José Couceiro, a partida “decidiu-se num lance que penalizou” os sadinos que, embora tenham tido “muitas oportunidades para empatar o jogo” não as “aproveitaram”.
No final da partida, Carlos Brito, técnico do Rio Ave, estava “contente” com o resultado e espera que, “dentro do que são os objectivos do clube”, a equipa “vá caminhando calmamente” para alcançar a “permanência” e só depois possa pensar noutras posições. O treinador refere as “limitações que a equipa tem” mas também considera que o “Rio Ave proporciona bons jogos”.
O Rio Ave entrou melhor no jogo e ainda as duas equipas estavam a definir as suas posições quando a equipa da casa marcou o único golo do jogo. Estavam decorridos apenas dois minutos de jogo quando Gama, na primeira oportunidade de golo, aparece livre de marcação e, frente a Marco Tábuas, com enorme frieza, coloca o Rio Ave na frente. O golo mais rápido da edição deste ano da SuperLiga era assim marcado por um jogador muitas vezes criticado pelos adeptos da casa, por ser muito perdulário.
Depois de alcançar um golo muito cedo, a equipa do Rio Ave tomou conta do jogo, face a um Vitória de Setúbal muito atípico e com dificuldades em chegar ao meio campo adversário. À passagem do primeiro quarto de hora de jogo o Vitória beneficiou de um recuo intencional da equipa da casa e o jogo ficou mais repartido.
Face a outros jogos da SuperLiga os sadinos estavam muito desconcentrados, falhavam muitos passes e erravam defensivamente. A defesa subia pouco e as bolas quase não chegavam aos atacantes Jorginho e Bruno Moraes. À entrada dos últimos dez minutos de jogo, o Vitória conseguiu criar uma boa jogada e quase empatava o jogo a remate de Ricardo Chaves.
Pouco depois, o árbitro dava por terminado o primeiro tempo e o Vitória encontrava-se em situação de desvantagem, face a um Rio Ave bem melhor. Couceiro pediu outra atitude aos jogadores para o segundo tempo em que, segundo o treinador vitoriano, a equipa tinha que criar “mais oportunidades de golo e jogar mais no meio campo do Rio Ave”.
E foi mesmo o que aconteceu. A equipa sadina entrou no jogo com melhor atitude e muito superior ao que tinha sido na primeira metade do encontro. O Vitória circulava melhor a bola, movimentava-se mais e chegava com mais facilidade à baliza de Mora. A equipa estava bastante melhor, tanto que nos primeiros minutos da segunda parte podia ter empatado o jogo, num remate de cabeça de Hugo Alcântara.
Durante toda a segunda parte apenas a equipa vitoriana criava situações de perigo. Assistia-se a um jogo em que apenas se jogava no meio campo vilacondense. O Vitória jogava cada vez melhor mas não concretizava nenhumas das oportunidades criadas. O Rio Ave já só jogava a pensar na vitória e nos três pontos.
No final do jogo, manteve-se a tradição e o Vitória já leva 14 jogos em Vila do Conde sem ganhar. Pelo que fez na segunda parte, a equipa de José Couceiro merecia claramente o empate. A equipa da casa foi superior na primeira parte mas tudo se repartiu na segunda, com o Vitória a demonstrar mais aquela atitude de início de campeonato.
José Couceiro considera que o Vitória “nunca foi”, em todo o jogo, “inferior ao Rio Ave”, mas que acabou por “perder” o jogo “num erro da defesa”. Carlos Brito também faz uma distinção entre a primeira e a segunda parte ao dizer que no primeiro tempo o “Rio Ave foi superior ao Vitória e não deu muitas oportunidades” ao ataque sadino. No entanto, na segunda parte o jogo foi “mais equilibrada, porque o Vitória procurou sempre empatar”.
O técnico sadino gostava, ainda, que as “diversas situações” que envolvem o clube “se resolvessem”. Para o treinador é muito “importante que se resolvam”, tanto o “caso do Jorginho, como outros”, tendo em conta que há situações que claramente “mexem com a equipa”.