[ Dia 13-12-2004 ] – “A Sapec tem consciência de que está a contribuir para a melhoria do ambiente”

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EMPRESAS, MOTORES DE DESENVOLVIMENTO DA REGIÃO

Eduardo Catroga, presidente do concelho de administração da Sapec

“A Sapec tem consciência que contribui
para a melhoria do ambiente”

Criada em 1926, inicialmente ligada ao sector dos adubos e da exploração mineira, a Sapec é hoje uma holding com cinco sectores de actividade diferentes, que vão desde o sector agro, à energia, passando pelos químicos, pela distribuição e pela logística. Embora mantendo o centro de decisão em Portugal, como refere Eduardo Catroga, presidente do concelho de administração da empresa, a Sapec opera em mercados tão distintos como o espanhol, do Médio Oriente e da América Latina, “uma estratégia” que tem permitido à empresa “suportar a crise”, já que as economias “são afectadas de forma distinta”. Em entrevista ao “Setúbal na Rede”, o presidente desdramatiza as acusações que são feitas à empresa pela instalação de um centro de tratamento de resíduos, afirmando que o ambiente é um tema que gera emoções “nem sempre racionais” e que a empresa está “efectivamente” a contribuir para “a melhoria do ambiente no país”. Eduardo Catroga explica ainda como foi “fácil” entrar no mercado espanhol, dado que a empresa adoptou a estratégia de adquirir unidades já instaladas e mostra-se “optimista” quanto ao crescimento da agricultura em Portugal, uma vez que a produtividade “tem aumentado” e a diminuição de pessoas a trabalharem no sector é sinónimo de desenvolvimento. 

Setúbal na Rede – Numa época em que a maioria das empresas apostam na especialização, porque é que a Sapec aposta em áreas de actividade tão distintas e como é que se gere toda essa diversidade dentro da empresa? 

Eduardo Catroga – Embora nos últimos tempos a estratégia comercial mais seguida vise para a especialização num determinado negócio, a verdade é que existem outras. No caso particular da Sapec, definimos, a partir de 1987, a estratégia de diversificação porque pensamos que ter uma empresa multi-negócios é a estratégia mais adequada para a defesa da empresa e para o seu crescimento. Quando se fala de estratégias comerciais não existem receitas únicas, nem modelos únicos, e o que existe para além das tendências conjunturais são as modas. A diversificação de actividades esteve na moda nos anos 50/60 e Portugal teve um excelente exemplo com o Grupo CUF, o maior conglomerado ibérico até 1975. Ciclicamente existem estratégias que vão sendo definidas por gurus da gestão sem que isso signifique que umas são piores que as outras. 

SR – A Sapec não tem a preocupação de estar na moda? 

EC – Não, eu penso que cada empresa deve definir a sua arquitectura estratégica de acordo com as competências, dos recursos que pode mobilizar, do perfil dos seus accionistas e da sua história de desenvolvimento. Sendo a Sapec uma empresa de capital maioritariamente belga, a realidade é que nasceu portuguesa e teve em Portugal, e mais tarde em Espanha, as suas bases operacionais mais importantes, pelo que é uma empresa que tem características de uma multinacional.

O que fizemos foi definir quais as áreas de actuação que melhor se enquadravam nas zonas de actuação da empresa, que são essencialmente Portugal e Espanha, e onde a empresa poderia ser competitiva. A resposta a esta questão levou-nos a desenvolver uma estratégia de diversificação e por isso hoje estamos em cinco sectores de actividade e com sucesso. Estamos portanto satisfeitos com a estratégia que adoptámos, não temos receitas, cada empresa tem as suas capacidades e a sua própria história de desenvolvimento. Eu cheguei à Sapec em 1981, já com experiência profissional do Grupo CUF e devido a essa experiência orientei a empresa no sentido de actuar em vários sectores.

SR – Encontram complementaridade entre esses diferentes sectores de actividade? 

EC – Existem alguns segmentos que têm sinergias comuns mas existem outros que são completamente díspares, com estruturas diferenciadas. Em relação a todos aplicamos a mesma filosofia, os mesmos instrumentos e os mesmos critérios de gestão, ainda que nem sempre existam sinergias. Quando isso acontece com algumas actividades elas tendem a fazer parte da mesma unidade de negócio, ainda que sejam diferentes. 

Temos a Sapec Agro que se dedica à produção e comercialização de agro-químicos e de adubos especiais com micro nutrientes, sendo que estamos a criar uma rede de distribuição mundial que vai desde a América aos países árabes. Entre os vários sectores desta unidade existem pontos comuns, porém entre a Sapec Agro e o sector da energia, que desenvolvemos em Espanha na área das mini hídricas e da energia eólica, não existem quaisquer relações de complementaridade. Nós posicionamo-nos como uma holding industrial e de serviços que actua em várias áreas com controlo da gestão e onde possa ter capacidade competitiva. A Sapec é o exemplo de uma empresa que conseguiu fazer uma renovação estratégica da sua carteira de negócios, pois hoje temos negócios que não tínhamos há 15 ou 20 anos.  

SR – Essa forma de estar no mercado faz prever um maior crescimento do número de actividades? 

EC – Não, estamos satisfeitos com as nossas cinco áreas de actividade, a Sapec Agro, a Sapec Químicos, a Sapec Agro-distribuição, a Sapec Logística e a Sapec Energia. Na área da energia temos vindo a desenvolver uma outra actividade que pode vir a dar origem à Sapec Ambiente. Em Setúbal temos o Centro de Tratamento Integrado de Resíduos Industriais não Perigosos (CITRI), uma actividade que ganhámos em concurso público e admitimos dar outros passos nesta área que nasceu da Sapec Químicos mas que tem características de gestão diferentes, podendo vir a ser o embrião de outra unidade de negócio. 

SR – Esse é um sector polémico, já que cada passo que a Sapec tem dado nessa área tem levantado dúvidas. 

EC – O que se justifica pelo facto do sector do ambiente estar permanentemente sob os holofotes de várias entidades, mas a verdade é que desenvolvemos a nossa actividade neste sector de acordo com as disposições legais que existem. Quando instalámos em Setúbal um centro de tratamento de resíduos, fizemo-lo porque ganhámos um concurso público e cumprimos todas as disposições legais a que estávamos obrigados. Muita da polémica que refere deve-se apenas à visibilidade desta área e ao facto desta ser uma área sensível para a opinião pública. Temos consciência disso e actuamos sempre com a máxima transparência nas relações com a comunidade local, com os ambientalistas, com as juntas de freguesia e com a câmara municipal.  

SR – Não sente que a entrada na área do ambiente possa trazer consequências negativas para a imagem da empresa? 

EC – Não, pelo contrário, estamos a contribuir objectivamente para a melhoria do ambiente no país. Se não tivéssemos promovido o centro de tratamento de resíduos significava que eles estavam nas lixeiras municipais sem tratamento técnico adequado, sendo por isso mais prejudiciais para o ambiente.  

SR – As acusações que são feitas apontam para a falta de rigor na selecção dos resíduos a tratar e na área de localização do centro, por ele estar junto ao estuário do Sado. 

EC – Todas as normas de segurança foram cumpridas pelo que temos a nossa consciência perfeitamente tranquila. A localização destas actividades despertam sempre emoções que por vezes não são racionais, mas a Sapec tem consciência que está a contribuir para a melhoria do ambiente no país e sendo uma empresa que se preocupa com o desenvolvimento sustentável, preocupa-se também em cumprir a legislação e em ser completamente transparente. A transparência é a melhor via para esclarecer todas as dúvidas. 

SR – Outra actividade polémica em que a empresa está envolvida é o terminal de graneis líquidos, que tem levantado dúvidas sobre o tipo de produtos que passariam pelo terminal e quais as consequências para o ambiente. 

EC – Esse é outro exemplo das tais emoções irracionais de que falei anteriormente. Desde 1927 que a Sapec tem um terminal de graneis sólidos e líquidos, pelo que a construção de um terminal especializado só melhora as condições ambientais e de segurança. Nestes casos, a verdade acaba sempre por vir ao cimo e todas as dúvidas e foram lançadas não tinham qualquer fundamento lógico. 

SR – Entre os graneis líquidos estão incluídos ácidos que comportam riscos? 

EC – Sempre estiveram e os riscos existem, mas com o terminal eles são menores. Nós somos um complexo fabril que utiliza produtos químicos, tal como outras empresas utilizam outros produtos e os riscos são inerentes à actividade. O que é fundamental é que os riscos estejam controlados e a construção de um terminal de graneis líquidos especializado reforça as condições de segurança. 

SR – A Sapec tem consciência da área sensível onde está instalada, uma zona de estuário com características especiais? 

EC – Evidentemente que sim, a Sapec tem cerca de 400 hectares no estuário do Sado, foi pioneira na instalação de indústrias na Herdade das Praias, propriedade da Sapec desde 1926 e tem perfeita consciência do local. A Sapec é uma empresa que visa o desenvolvimento sustentável, pelo que quer que todas as suas actividades respeitem as normas ambientais e de segurança. 

SR – A Sapec de hoje tem pouco a ver com a inicial, que se dedicava à actividade mineira e dos adubos, embora ainda seja muito conhecida por esta última.

EC – Todas as empresas têm a sua história de desenvolvimento e embora a Sapec ainda seja muito conhecida pela actividade ligada aos adubos, a verdade é que tem vindo a construir a imagem de um grupo empresarial que actua em vários sectores, algo que demora a consolidar, mas é a nossa realidade. 

SR – Algum dos sectores de actividade que a empresa desenvolve poderia definir a Sapec ou nenhum assume relevância em relação aos outros? 

EC – No sector agro existe uma forte ligação à história da empresa, temos cerca de 30% da cota de mercado na produção e comercialização de agro químicos, temos 5% do mercado espanhol e somos líderes ibéricos na produção e comercialização de micro nutrientes para as plantas, pelo que este continua a ser um dos sectores principais do grupo. Mesmo a actividade ligada à extracção mineira tem hoje continuidade com o aproveitamento de recursos naturais como a água ou o vento.

Todas as empresas têm que se adaptar às evoluções económicas, políticas e tecnológicas, algo que nós soubemos fazer, por isso temos uma carteira de actividades tão diversificada. Porém, a Sapec Química também está de alguma forma ligada à actividade inicial da empresa, já que os químicos e os adubos sempre andaram lado a lado. A Sapec Logística foi, no fundo, a utilização das infra-estruturas que tínhamos em Setúbal, como os terminais de graneis sólidos e líquidos e o terminal ferroviário. Hoje temos terminais multimodais em Lisboa e Póvoa de Santa Iria, estamos a construir outro em Valongo e somos o principal operador logístico português. A Sapec começou a sua actividade em Setúbal em 1926 com a construção de uma estacada ainda antes da construção do porto. A Sapec actual reflecte o desenvolvimento da empresa criada em 1926. 

SR – Este grupo está muito ligado à agricultura, apesar da realidade actual do sector nada ter a ver com o passado. 

EC – Estamos ligados à agricultura portuguesa e à espanhola, como já referi. Em Espanha temos 5% do mercado dos agro-químicos e temos 25% no que respeita aos adubos especiais para nutrição de plantas. Espanha tem sido a nossa área geográfica de expansão, já que o sector agrícola em Portugal não se tem desenvolvido muito e tem pouco potencial. 

SR – A agricultura em Portugal tem regredido? 

EC – Não, pelo contrário, o estudo realizado pelo professor Francisco Avilez, do Instituto Superior de Agronomia, demonstra que a agricultura portuguesa tem apresentado grandes progressos em termos de produtividade e competitividade. Hoje produzimos mais por hectare e com melhor qualidade do que produzíamos há alguns anos, sem no entanto ignorarmos que existem problemas mas que não apontam para uma agricultura decadente e em extinção. Dos 30% de população activa na agricultura na década de 70 passámos para 10%, mas isso indica que o país se está a desenvolver e não o contrário.

SR – Mas não é real a ideia de que as potencialidades agrícolas do país estão sub-aproveitadas e que os subsídios para a sua modernização têm sido desperdiçados?

EC – Na agricultura, tal como noutros sectores económicos, existem sempre potencialidades por explorar. Temos já explorações agrícolas que são verdadeiros exemplos mas precisamos de mais. Na agricultura nem tudo é mau, o que é necessário é encontrar mais casos de sucesso. 

SR – Que comparação se pode fazer entre os dois mercados ibéricos? 

EC – Espanha está muitos anos à nossa frente, já que soube industrializar a agricultura mais cedo, soube tirar proveito dos trabalhos de hidráulica agrícola que foram iniciados por Franco, soube desenvolver culturas intensivas irrigadas e soube também conquistar o mercado externo. A Espanha aponta-nos o caminho, aproveitou as oportunidades, introduziu técnicas de gestão na agricultura e tem sectores verdadeiramente competitivos. Na região da Estremadura, Espanha desenvolveu grandes zonas de irrigação desde os anos 60 e consequentemente uma reconversão das culturas, algo que Portugal não soube fazer. 

SR – Isso porque estávamos à espera de construir a barragem do Alqueva.

EC – Conseguimos construir outras barragens mas não soubemos aproveitar a água. No caso do Alqueva, se nós não soubermos aproveitar virão outros que o farão. O que precisamos é de empresários e de pessoas com vontade de trabalhar e que saibam introduzir novas culturas de regadio. Temos vícios estruturais acumulados na zona sul do país, que só uma grande renovação dos empresários e das pessoas que se dedicam a esta actividade se pode aumentar a produção. Não é por acaso que os empresários espanhóis e os holandeses estão a investir no Alentejo, pois se os nossos recursos humanos não souberem aproveitar as oportunidades virão outros fazê-lo. 

SR – O não aproveitamento das oportunidades é um estigma português, é uma questão de mentalidade? 

EC – É uma questão de mentalidade mas já existem jovens agricultores a trabalharem no bom sentido, agora o que precisamos é de multiplicar estes exemplos. Vão existir bons empresários estrangeiros e também portugueses na agricultura, ainda que o processo possa demorar mais vinte anos. 

SR – O facto da Sapec ser uma empresa que tem aproveitado as oportunidades, está relacionado com a mentalidade belga que está na sua origem? 

EC – Ao contrário do que se pensa as empresas portuguesas estão muito melhor geridas do que acontecia há alguns anos. Temos empresas portuguesas com muito sucesso, tal como existem estrangeiras. O que a Sapec fez foi olhar para os seus accionistas, para os conhecimentos de que dispunha e definir a Península Ibérica como mercado de actuação. Embora sempre tenhamos tido negócios em Espanha, a expansão deu-se em 1987, depois da entrada dos dois países na Comunidade Europeia. O nosso centro de decisão sempre se manteve em Portugal e a fábrica de Setúbal produz para a Península Ibérica. 

SR – Sempre existiu a ideia de que era muito difícil para as empresas portuguesas entrarem no mercado espanhol. A Sapec sentiu essa dificuldade? 

EC – As situações são diferentes de sector para sector. Nós começámos com o sector da agro-química e depois passámos para a distribuição. Não tínhamos relações com o campo político e não sentimos grandes dificuldades, até porque entrámos no mercado espanhol com a aquisição de empresas que já estavam implantadas. Com a estratégia de aquisição e com a cultura ibérica que a empresa já tinha, a adaptação não foi difícil. No sector da energia a situação já foi um pouco mais difícil porque exige negociação com o poder político, mas também nesta área actuámos em parceria com empresas espanholas, em que nós controlamos a actividade mas actuamos através de uma empresa espanhola. O que tentamos fazer é adaptar-nos às especificidades de cada local. 

SR – A cultura interna da Sapec é portuguesa ou belga? 

EC – É essencialmente portuguesa, o nosso quadro de administradores e directores executivos é composto sobretudo por portugueses. Temos dois espanhóis para as actividades em Espanha e dois belgas, que na realidade são meio portugueses, pois vivem aqui e falam a nossa língua. A Sapec é uma empresa portuguesa com origem em capital belga. 

SR – Quais são as relações com a Bélgica actualmente? 

EC – Temos relações históricas, temos a nossa sede em Bruxelas e temos investidores belgas tal como temos portugueses. Eu próprio sou o presidente da Sapec com sede em Bruxelas e não da Sapec Portugal. 

SR – Essa situação não traz desvantagens para o país no que toca aos dividendos fiscais? 

EC – Não, porque as actividades são tributadas no local onde os rendimentos são gerados e grande parte dos lucros da Sapec são gerados em Espanha e Portugal, sendo aí tributados. O que é fundamental para o país é que a maior parte do valor acrescentado fica onde está o centro de decisão da empresa, ou seja em Portugal. 

SR – A crise económica que se tem vivido nos últimos anos não tem interferido com a expansão da empresa? 

EC – Nós temos tido a vantagem da diversificação, pelo que se um sector está mal, há sempre outro que está melhor o que faz com que, na globalidade, a empresa tenha estado bem. Foi precisamente para evitarmos o impacto de situações de crise que adoptámos a estratégia de diversificação da empresa, pois ao dependermos de vários sectores de actividade conseguimos manter resultados satisfatórios, porque a crise não afecta da mesma forma todos os sectores económicos. É evidente que os nossos resultados serão tanto melhores quanto maior for o crescimento da economia portuguesa e mundial, dado que exportamos para vários países. 

SR – Quais as perspectivas para o futuro da empresa? 

EC – As nossas perspectivas são positivas, a economia espanhola tem mostrado um grande dinamismo desde 1998 e nós temo-lo aproveitado em vários sectores de actividade. Por outro lado, estamos a crescer em novas actividades, estamos a criar uma rede comercial para o sector agro na área da produção dos micro nutrientes em países com potencial de crescimento, como é o caso dos países árabes, do México e da Polónia. Estamos dependentes de várias economias, mas geograficamente diversificadas, o que é uma vantagem. 

SR – É a situação económica da empresa permite que tenha algumas preocupações sociais como o caso das minas do Lousal? 

EC – A Sapec sempre teve preocupações de carácter social. No distrito de Setúbal fomos pioneiros em iniciativas no campo social, primeiro mais ligados à fábrica, com a criação de creches, mas também financiamos entidades locais e fomos os principais financiadores do Hospital de Setúbal que continuamos a apoiar, tal como tem acontecido com o pavilhão desportivo do Vitória de Setúbal. O Lousal é um projecto do coração, pois a Sapec nasceu no Lousal, a pirite deixou de ser uma matéria competitiva na década de 70 e em 1987 acabámos por fechar a mina. O que temos feito é aproveitar as infra-estruturas mineiras para voltar a dinamizar a aldeia do Lousal, que está intimamente ligada à nossa história. 

SR – Isso pode levar a outra área de actividade como o turismo? 

EC – Não, não é esse o nosso objectivo, já que existe uma fundação que gere aquelas infra-estruturas mas o espaço é concessionado a outros para exploração. O objectivo deste projecto visa apenas contribuir para manter viva a aldeia do Lousal e para a sua dinamização. seta-8445645