1) A Frente Urbana do Tejo corresponde às áreas abrangidas pelas cidades de Almada, Seixal, Barreiro, Moita, Montijo e Alcochete, englobando também o espaço da Siderurgia e o aglomerado de Paio Pires.
Esta unidade é caracterizada por uma grande pressão urbanística, marcada por uma elevada densidade populacional e, consequentemente, elevadas densidades de construção. A ligação/dependência à cidade de Lisboa é forte, facto que se pretende equilibrar com o fortalecimento das relações internas entre os vários pólos funcionais desta unidade.
Assim, é necessário fomentar as relações entre os pólos mais importantes e dinâmicos desta unidade, de forma a que estes núcleos formem uma rede com uma estrutura bastante coesa. As principais ligações a fortalecer são as relacionadas com os pólos de Almada, Seixal, Barreiro, Moita, Montijo e Alcochete.
Existe também uma forte ligação desta unidade com o Estuário do Tejo sendo, no entanto, necessário proceder-se à requalificação da orla ribeirinha, tornando assim possível o usufruto desta área por parte da população.
Esta unidade destaca-se pela sua elevada densidade populacional e funcionalidades dos principais pólos, que correspondem na maior parte dos casos, a funções relacionadas com equipamentos colectivos de hierarquia supra-municipal, comércio e serviços. Para além das actividades relacionadas com estas funções, existe uma componente industrial muito forte no Barreiro e em Paio Pires. Aproveitando as infra-estruturas existentes, associadas à Siderurgia e ao espaço industrial de Paio Pires, pretende-se implementar uma plataforma logística metropolitana, promovendo simultaneamente o investimento em novas tecnologias produtivas e científicas, e tirando partido dos pólos tecnológicos existentes na Península.
As áreas correspondentes à Siderurgia e à Quimiparque são delimitadas como pólos de reconversão e expansão industrial, que se pretende que funcionem cada vez mais como pólos de logística a nível metropolitano. Esta medida contribui para a autonomia da Península, e mais concretamente desta unidade face à cidade de Lisboa, devido à geração de novos postos de trabalho e consequente desenvolvimento económico, bem como para o reordenamento da micro-logística actualmente dispersa.
É necessário proceder à consolidação dos espaços públicos urbanos, promovendo a sua revitalização e reabilitação. É desejável controlar a dispersão urbana e a criação de novos aglomerados, uma vez que se verifica actualmente uma elevada pressão urbanística, que poderá ter resposta mais adequada noutras unidades. É também fundamental integrar os grupos mais desfavorecidos em todas as actividades sociais e económicas, devido à importância e dimensão que estas classes assumem em relação às vivências de toda esta unidade.
O pólo de Alcochete distingue-se dos restantes devido à sua menor dimensão e nível de especialização actuais, mas também devido às funcionalidades que se pretende que desenvolva. Este pólo será um pólo turístico e com vocação para a investigação relacionada com os meios marinhos e com o Estuário, tirando partido da estrutura já estabelecida da sua frente de Rio e da área das salinas, tanto ao nível do turismo como da investigação, expandindo ou reestruturando as áreas que se achar conveniente. Pretende-se também implementar um núcleo turístico próximo desta localidade, aproveitando as infra-estruturas existentes relativas às antigas secas de bacalhau.