Companhia de Teatro de Almada.

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Dezembro
 

“As Três Irmãs”
De 28 de Novembro a 22 de Dezembro
 

A Companhia de Teatro de Almada estreia dia 28 de Novembro, às 21h30, no Teatro Municipal de Almada, As Três Irmãs, de Anton Tchecov, com tradução de Augusto Sobral, Carol loff, e Rui Mendes, cenografia de José Manuel Castanheira e figurinos de Mariana Sá Nogueira. A encenação está a cargo de Rogério de Carvalho.

O elenco conta com interpretações de Alfredo Sobreira, André Calado, André Louro, Carlos Vieira de Almeida, Cátia Ribeiro, Francisco Costa, Joana Fartaria, Manuela Costa, Marques D’Arede, Miguel Eloy, Miguel Martins, Teresa Gafeira, Vera Azevedo e Victor Jorge, .

O espectáculo estará em cena no Teatro Municipal de Almada, de quarta a sábado, às 21.30h e domingos às 16h. De 28 de Novembro a 22 de Dezembro e de 2 a 19 de Janeiro.
 

A renúncia do presente é a vida na lembrança e na utopia, a renúncia do encontro é a solidão. Três irmãs – talvez o mais prefeito dos dramas de Tchecov – representa exclusivamente seres solitários, ébrios de lembranças, sonhadores do futuro. O seu presente é pressionado pelo passado e pelo futuro, é um entretempo, tempo de estar exposto, no qual o retorno à pátria perdida  é a única meta. O tema – em torno do qual gira, aliás, toda a poesia romântica – concretiza-se para as três irmãs no mundo burguês da viragem do século deste modo: Olga, Masha e Irina, as três irmãs  Prosorov, vivem com o irmão André Sergeievitch há onze anos numa grande cidade de guarnição no oeste da Rússia. Tinham abandonado a sua terra natal, Moscovo, com o pai, que assumira a liderança de uma brigada. A peça começa um ano após a morte do pai. A estadia na província tinha perdido o sentido; a memória da vida em Moscovo inunda o tédio da vida diária e intensifica-se num grito de desespero: ”Para Moscovo!”. As expectativas desse regresso são passado, que deve ser ao mesmo tempo o grande futuro, que supre a vida dos irmãos Prosorov. Eles, são rodeados pelos oficiais da guarnição, consumidos pela mesma fadiga, pela mesma nostalgia. Mas num deles o momento futuro, para o qual convergem os objectivos precisos dos irmãos, dilata-se e converte-se em utopia.

Anton Pavlovic Tchecov nasceu a 17 de janeiro de 1860 em Taganrog e morreu a 2 de Julho de 1904 em Badenweiler (Alemanha). Tchecov pode ser considerado como um dos mais representativos de entre os grandes escritores russos do século XIX, ainda que tenha sido, de todos, o mais aberto às diversas influências modernistas. Criado numa família modesta — em que o pai, Pavel, um pequeno comerciante, era neto de um servo rústico —, termina os estudos iniciais em Taganrog, onde tinha ficado sozinho depois da partida da família para Moscovo. Entre 1879 e 1884 estuda medicina na Universidade de Moscovo. No entanto desde muito antes interessa-se mais pela literatura do que pela Faculdade e, quando finalmente acaba o curso, torna-se rapidamente conhecido através dos contos humorísticos publicados em diferentes publicações. Em 1886 publica o primeiro volume de histórias: Narrativas Diversas. Rogério de Carvalho

Nasceu em Angola e veio para Portugal em 1954. Conceição ou o Crime Perfeito, de Jaime Salazar Sampaio, foi o primeiro trabalho com profissionais. Em 1980, recebeu o Prémio da Crítica para a melhor encenação com Tio Vânia, de Tchekhov, no grupo de Teatro da Caixa Geral de Depósitos. Outros trabalhos apresentados: A Gaivota, de Tchekhov; Crisotémis, de Yannis Ritsos; O Paraíso não está à vista, de Reiner W. Fassbinder; Magdalena lê uma Carta, de Jaime Salazar Sampaio; Os Negros, de Genet; Caminho para a Felicidade, de Kroetz; O Tartufo, de Molière; A Menina Júlia, de Strindberg; O Auto da Índia, de Gil Vicente; A Voz Humana, de Jean Cocteau; O Jardim das Cerejas, de Tchekhov, etc. Fez encenações no Teatro do Século, Teatro Experimental de Cascais, Maizum, TEAR, Escola da Noite, Meta-Mortem-Fase e TEUC.

Para mais informações contactar:

Companhia de Teatro de Almada Rua Conde de Ferreira  2804-523 Almada Tel.: 21 2752175 Fax.: 21 2756567

E-mail:

[email protected]