Pela segunda vez em pouco mais de um mês, Álvaro Beijinha deslocou-se à Infraestruturas de Portugal (IP), em Almada, no dia 22 de novembro, para expor alguns dos principais problemas identificados no território e sentidos pelas populações. O Presidente da CMSC esteve acompanhado por Armando Almeida (Presidente da União de Freguesias de Santiago do Cacém, Santa Cruz e São Bartolomeu da Serra), David Gorgulho (Vogal da Junta de Freguesia de Santo André), Pedro Gamito (Presidente da Junta de Freguesia de São Francisco da Serra) e José Carlos Correia (Chefe da Divisão de Projeto e Obras da CMSC).
A já velha questão do troço da A26-1 / ER261-5, que liga Vila Nova de Santo André a Sines, foi novamente tema de conversa, após terem sido retomadas as obras e de ter sido feito o anúncio da sua conclusão para 31 de janeiro de 2017. “Foi-nos reafirmado esse compromisso, mas há outro assunto que nos preocupa desde a primeira hora, que se prende com o troço já dentro da cidade, ou seja, entre o nó da Maria da Moita / Areias Brancas, até ao final da estrada, na rotunda que dá acesso a Brescos e à praia da Vacaria. O que nós defendemos é que aquele troço, que divide a cidade ao meio, tem de ter uma solução diferente. Não pode ser encarado como uma autoestrada, como está previsto. O que nos foi transmitido é que, no âmbito desta empreitada, não é possível fazer trabalhos adicionais, mas é possível, para já, em termos de sinalização, assumir aquele troço como não sendo uma autoestrada, ou seja, terá um limite de velocidade bastante inferior a 120 km/h e vai ser criada sinalização para que o troço não seja classificado como autoestrada. Logo que a obra esteja terminada, no final de janeiro, aquele troço será retirado da concessão, passará para a gestão das IP e a partir daí poder-se-á, em conjunto com a CMSC e a JFSA, encontrar soluções para implementar no futuro”, explica Álvaro Beijinha. Essas soluções passarão, por um lado, pela colocação de barreiras que obriguem a reduzir a velocidade e, por outro lado, pela execução de obras, por parte da IP, que permitam criar vias de acesso e acabar de vez com a divisão da cidade. “Esperemos que este seja um processo que se desenvolva rapidamente e nós, CMSC, e certamente a JFSA também, iremos bater-nos por isto e vamos colocar sempre o tema na ordem do dia”.
Em Santiago do Cacém, “têm sido vários os episódios de acidentes dentro da cidade, devido à passagem de veículos pesados que transportam matérias perigosas. Aquilo que nós defendemos é que seja criada uma alternativa, com uma Circular, que está prevista no Plano de Urbanização da Cidade desde 1998. Mais do que nunca faz sentido começar a pensar nisso. A Câmara está, neste momento, a requalificar parte desse eixo, dentro da cidade, e importa começar a criar alternativas. As IP transmitiram-nos que esta questão não está apenas nas suas competências, é um assunto que tem a ver com a tutela, a nível governamental”. Com efeito, Álvaro Beijinha assegura que vai “pedir uma reunião ao Sr. Secretário de Estado, no sentido de discutir esta questão em concreto, pois temos de começar a dar os primeiros passos, que passam obviamente pelo projeto”.
Em São Francisco da Serra, “o problema prende-se com uma questão de segurança para peões, na zona do Roncão. Havia um projeto, há uns anos atrás, de colocação de semáforos. A Junta de Freguesia suportou o projeto, mas entretanto as IP alegaram questões financeiras e não o concretizaram. Neste momento, a CMSC está disponível para assumir essa responsabilidade. Tem de haver umas afinações do projeto com a IP, mas à partida será algo para implementar a curto prazo, dentro de poucos meses”, garante o Presidente da CMSC.
A CMSC e as três Juntas de Freguesia transmitiram também outras questões de pormenor, problemas noutras estradas, repavimentações, entre outros trabalhos de manutenção a cargo das IP, que se pretendem ver resolvidos com a maior brevidade possível.