A Casa da Quinta da Comenda, na Serra da Arrábida, vai entrar no palco da categoria, depois de a Câmara Municipal de Setúbal ter autorizado ontem, em conferência pública regular, a abertura de um procedimento deste.
A decisão esclarece que se trata de abrir um tratamento para a categorização do edifício, denominado Palácio da Comenda, como Imóvel Residencial ou Comercial de Taxa Municipal.
O texto inquieta, no entanto, que haja “assunção de que a competente entidade da Administração Central, nesta situação a Direcção-Geral do Património Cultural, no âmbito da análise que será contactada para executar no quadro legal deste tratamento , terá certamente em consideração a Casa da Quinta da Comenda como um bem social de paixão supra-municipal e também, portanto, com capacidade de merecer uma classificação superior”.
- A casa foi desenvolvida como casa de veraneio em 1903 após uma compensação do Conde Abel Henri Armand, e também, como destaca a proposta aceita, é “uma estrutura com notáveis características artísticas e também arquitetônicas, com uma paisagem única ambientação em toda a obra projetada pelo arquiteto Raul Lino”.
- Além da qualidade do estilista, sua casa, atualmente em estado de desocupação, inspira o procedimento da categoria tanto pelos produtos quanto pelos sistemas construtivos e construtivos utilizados, além dos videogames volumétricos e também dos códigos formais tipicamente portugueses. expressão.
“Este ponto de vista, bem como o método de desenvolvimento, foi, na época, excepcionalmente engenhoso, na medida em que se opunha à estrutura cultural existente, com desenhos revivalistas e ‘francesados'”, destaca a resolução do conselho.
Painéis de azulejos da autoria do ceramista José António Jorge Pinto, a maior parte deles em estado de abandono, realçam vários locais da estrutura.
A proposta alerta que a Casa da Quinta da Comenda, para além de “descaracterizar mas completamente relativamente fáceis de arranjar” postos de trabalho, após a transferência de imóveis residenciais ou comerciais na década de 1980 dos membros da família Armand para António Xavier de Lima, entrou, desde a sua morte, num “procedimento de abandono e de destruição que urge reverter”.