As ações terroristas em Paris trouxeram para a ordem do dia, outra vez, a discussão sobre a segurança europeia. Políticos, analistas da geopolítica e líderes da religião de Maomé sublinham que os maometanos radicais são minorias e perdem-se em considerações que não convencem nem sossegam quem tenha dois dedos de testa. Sabe-se que são muitos milhares (quantos, ao certo?) os jihadistas que se acoitam no espaço europeu, jovens odientos com formação terrorista, treino militar e experiência em teatro de guerra. Ora, conhecendo-se os problemas de integração entre os muçulmanos, não custa entrever um vastíssimo campo de mobilização jihadista nos milhões radicados no continente. Tanto mais, que os fundamentalistas são tratados com indulgência no seio das suas comunidades, onde gozam de simpatias e proteção, e recebem incitamentos e apoio para a atividade terrorista. Sabemos de algum denunciado às autoridades pela sua comunidade? E quantos líderes religiosos utilizam as mesquitas que puderam erigir, para conspirarem contra os valores e a cultura ocidentais, enaltecerem a «superioridade» da sua religião e do seu deus, e apelarem à «guerra santa» contra os «cruzados» ou «infiéis», os que lhes financiam a manutenção da mulherada, a criação e a formação das bastas proles, a vidinha de lordes?
Tem havido por essa Europa muita brandura a lidar com esta gente: satisfazem-lhes os caprichos mais estapafúrdios, alimentam-lhes o gosto pela calacice, apaparicam-nos com subsídios, permitem-lhes provocações às autoridades e desrespeitos a costumes, consentem-lhes abusos incríveis das leis, não lhes puxam as rédeas, e eles conjuram contra a nossa civilização, usufruem, atentam e matam quando lhes apetece. Os líderes europeus, responsáveis pela insegurança que vivemos, têm de levar a sério os anseios, as preocupações e os medos dos povos que os elegeram. Não podemos consentir que a tranquilidade e as liberdades, marcas da nossa civilização que nos custaram séculos de luta e rios de sangue, sejam postas em causa por fanáticos da jihad, do ódio e da carnificina. Não podemos viver no terror de explodir ou ser baleados num qualquer espaço público, por sectários de um deus improvável, canalha fanatizada de uma religião que se presta a múltiplos equívocos e ódios (e não venham cá com coisas!). Os líderes europeus têm as mãos manchadas do sangue derramado. Exijamos que, de ora avante, zelem melhor pela nossa segurança, como é sua obrigação. Às comunidades muçulmanas residentes e aos milhões de islamitas que estão a caminho, exijamos que nos respeitem e que respeitem os nossos usos e costumes e crenças e ideais, o nosso modo de vida, para que possamos, também nós, ter respeito por eles e respeitar os seus.
O Ocidente tem culpas na radicalização do mundo muçulmano, pois tem – por ter metido o nariz, as botas militares e os canhões no Iraque, na Líbia, na Síria; por ter feito os negócios de armas que fez; por ter desmantelado estados e contribuído para o caos que se lá vive. Os países europeus onde residem as maiores comunidades, não terão criado as condições necessárias para a plena integração da totalidade dos muçulmanos. Seja. Mas isso justificará que não devamos ser firmes na condenação e implacáveis na resposta aos ataques que nos fazem e à barbárie que vimos em Paris, e que os branqueemos?
Sou contra a xenofobia, o racismo e qualquer forma de discriminação, taras que desprezo, que fique claro. Não desprezo menos, porém, os politicamente corretos, essa casta que se acobarda de dizer o que tem de ser dito, os mesmos que se perdem em contorcionismos de ideias e malabarismos de retórica, de cada vez que facínoras conotados com uma certa religião resolvem fazer das suas. E tantos são…