[ Setúbal na Rede ] – PEDEPES – Infra-estruturas

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Durante a fase de diagnóstico prospectivo foram relatadas as principais linhas de força em termos de potencialidades existentes e emergentes, bem como se identificaram os aspectos que devem ser melhorados ao nível das infra-estruturas e sistema de transportes da Península de Setúbal, os quais podem ser resumidos da seguinte forma:

§         Concretização da rede rodoviária principal (IP´s e IC´s) prevista para a Península;

§         Existência de duas ligações entre as margens do Rio Tejo (Ponte 25 de Abril, rodo ferroviária, e Ponte Vasco da Gama, rodoviária);

§         Existência do modo ferroviário pesado ligando a Península de Setúbal à Área Metropolitana de Lisboa Norte (Entrecampos-Fogueteiro), estando prevista para 2003 a ligação Coina–Pinhal Novo beneficiando as ligações ferroviárias internas à Península e ao resto do País, nomeadamente a Sul;

§         Melhoria das ligações fluviais a Lisboa com articulação ao sistema de transportes urbano (metropolitano no Cais do Sodré e, a curto prazo, no Terreiro do Paço);

§         Projecto em fase de concurso do Metropolitano Ligeiro da Margem do Sul do Tejo;

§         Liderança nacional do Porto de Setúbal em termos de movimentação de carga em sistema Ro-Ro (86% do total nacional) e em carga geral fraccionada (28% do total nacional);

§         Está previsto um novo corredor multimodal de transportes que permitirá estabelecer ligações a Espanha e ao resto da Europa, com impactes directos sobre o sistema de transportes da Península de Setúbal, nomeadamente em termos de ligações internacionais. Este corredor ferroviário, que ligará Sines à fronteira do Caia, em conjugação com o IP7, vai melhorar drasticamente as ligações rodo-ferroviárias aos Portos de Sines, de Setúbal e de Lisboa, estando nele incluídas as seguintes as infra-estruturas: Rodoviárias: IP7–Coina–Évora-Elvas assegurando as ligações a Badajoz, Cáceres, Sevilha, Málaga e Madrid; Ferroviárias:  Construção da ligação Évora–Elvas-Badajoz.

Este corredor, que se insere nas redes transeuropeias de transportes, permitirá contribuir para o reforço da posição estratégica da Península de Setúbal numa  perspectiva nacional e internacional, nomeadamente através de uma melhor  articulação com Espanha;

§         O Porto de Setúbal poderá beneficiar das intervenções previstas ao nível das infra-estruturas de transportes associadas ao Porto de Sines que contribuirão de forma significativa para a melhoria das suas acessibilidades.

As potencialidades existentes e previstas em termos de infra-estruturas de transportes conferem à Península de Setúbal condições para o desenvolvimento de plataformas logísticas (como por exemplo Coina) que contribuirão para o desenvolvimento económico e industrial desta região.

Aspectos a melhorar

§         Articulação da rede rodoviária principal com a rede secundária, principalmente nos acessos aos núcleos urbanos;

§         Congestionamento nos acessos à Ponte 25 de Abril nos períodos de ponta; ausência de um corredor multimodal estruturante na região do Alentejo, transversal às Linhas do Sul e do Alentejo. Com efeito, embora existam linhas ferroviárias, estas não possuem características que permitam a instalação de serviços mais exigentes em termos de segurança, velocidades de circulação e cargas por eixo. A modernização de alguns troços e a construção de novos troços é assim uma necessidade.

§         Ausência de uma estratégia global de transportes que, através da exploração das potencialidades oferecidas pelo sistema, permita conduzir a alterações da repartição modal e melhoria da qualidade de vida na Península de Setúbal;

§         Ausência de planos integrados de circulação e estacionamento nos centros urbanos;

§         Estrangulamento institucional decorrente da inexistência de uma entidade coordenadora do sistema de transportes para a Península de Setúbal, com as consequências negativas ao nível da integração funcional e tarifária do sistema de transportes colectivos