Recolha Selectiva
e Plano Integrado de Gestão de Recursos Balanço Permanente Recolha Selectiva
e Plano Integrado de Gestão de Recursos
Uma boa gestão de um problema tão complexo como o são os resíduos só pode ser eficaz com um Plano Integrado de Gestão de Resíduos que contemple entre outras coisas:
O conhecimento das quantidades e o tipo de resíduos que se produzem, ou seja a sua caracterização.
Cada uma das fontes que os produzem e que quantidades.
Quais as alternativas disponíveis de tratamento, valorização ou de encaminhamento, ou seja, como se podem gerar complementaridades nos fluxos de materiais dos RSUs.
Uma ideia global e integradora de todo o problema ambiental e o peso de cada componente desde a recolha selectiva à limpeza pública, da recolha do lixo à compostagem e aterro, ou seja uma estratégia de resolução que privilegie as soluções ambientalmente mais vantajosas em detrimento de outras mais problemáticas, mas necessárias nesta fase do processo. Como hierarquizar as políticas ambientais dos 3 Rs, como equilibrar os meios com os objectivos.
Uma ideia dos custos, dos proveitos e as fontes de financiamento para rentabilizar o processo face aos objectivos. Quem paga, quanto paga, como paga e quais as compensações daí obtidas.
Elaborar uma estratégia de informação/sensibilização para a promoção da participação dos cidadãos com vista a alcançar os objectivos. Isto passa pela educação e formação cívica dos cidadãos.
Acentuar uma ideia de Integração. Local, Nacional e Europeia que articule todos os componentes, potencie sinergias, defina a dimensão óptima do sistema para além saber a cada momento quais os efeitos no conjunto quando intervimos numa das partes. Esta articulação passa também pelas políticas Nacionais e Europeias para o ambiente.
Definir o faseamento do processo, ou seja encontrar a forma de objectivar cada etapa sem perder o rumo estratégico.
Um Plano destes deve estar escrito de forma a comprometer todos os agentes e a população que intervém no processo. Ou, pode estar implícito na forma como as entidades que tem essa responsabilidade gerem o problema dos RSUs.
A Koch de Portugal, como empresa concessionária da Central de Compostagem dos RSU e da Recolha Selectiva de Setúbal, procura desenvolver a sua actividade com vista à prospecção dos objectivos ambientais da reciclagem, dentro duma estratégia de gestão dos RSUs que tem a Câmara Municipal de Setúbal como primeira entidade responsável.
A Recolha selectiva é um dos principais componentes dessa estratégia. Na sua gestão, e tendo em conta os meios disponíveis, procuramos alcançar os melhores resultados para a cidade, excedendo largamente o que nos foi pedido pela autarquia.
Apesar dos muitos problemas que ainda subsistem, somos já um sistema de referência no País e na Sociedade Ponto Verde quando se fala de recolha selectiva e de reciclagem. Somos uma referência nas quantidades de reciclagem de papel, vidro, plásticos e metais por habitante, que são das mais elevadas do País, mas também porque uma das melhores reciclagens do País é a que tem custos mais baixos para os cidadãos e para a respectiva Autarquia.
Estamos em Novembro, e este ano já enviámos para reciclar:
Material | Toneladas |
Papel/cartão | 1 054 |
Vidro | 870 |
Plástico | 434 |
Latas de aço | 737 |
Latas de alumínio | 26 |
Pneus | 85 |
Total | 3 206 |
Mesmo sem contar com a reciclagem da totalidade dos resíduos orgânicos na Central de Compostagem, cada cidadão de Setúbal já enviou este ano para reciclar 28 Kg de resíduos de embalagens.
Temos muitos problemas ainda por resolver. Mas como “Quem espera nunca alcança” estamos já a optimizar o que é possível e a procurar alternativas complementares. Os resultados dão-nos confiança para o futuro e falam por si num País que recicla em média menos de 10 Kg/habitante/ano.
Deposite o papel e o cartão no papelão e as garrafas e frascos de vidro no vidrão.
J Coelho (Coordenador da reciclagem da Koch de Portugal)